Discreto, o novo carro traz apenas um emblema "Flex" no vidro, pouco acima da terceira luz de freio. Mas o melhor que ele tem a oferecer é o preço, de R$ 58,9 mil, na inédita versão FreeStyle com motor 2-litros. Completa, com ar-condicionado, direção, trio elétrico e sistema My Connection, ela custa apenas R$ 1.000 a mais que a versão com motor 1,6-litro, o que deve condenar o modelo mais fraco ao ostracismo. Com o combustível vegetal, o motor rende 145 cv a 6.000 rpm e 191 Nm a 4.250 rpm. Com o fóssil, nas mesmas rotações, a potência é de 141 cv e o torque, de 187 Nm.
Essa estratégia mostra que a Ford quer aumentar bastante os volumes de vendas do motor Duratec, tanto para compensar o investimento quanto para desafogar a demanda por motores 1,6-litro da fábrica de Taubaté, que há anos trabalha em sua capacidade máxima.
A parte ruim é que os preços anunciados ontem pela Ford ainda não estão atualizados no site da empresa, o que pode dar ao consumidor a idéia de que se trata de um valor promocional ou mesmo falso. No site da Ford, o modelo FreeStyle nem aparece, só o XLT 2.0 Flex, por R$ 62,15 mil, valor próximo do que a empresa pretende cobrar do modelo com ABS, dois airbags e transmissão automática. Ele sairá por R$ 60,9 mil.
Se a escolha for pela versão com tração nas quatro rodas, a 4WD, o preço será de R$ 61,9 mil. No site, essa versão também não aparece.
Estranho é que, enquanto ABS, airbags e transmissão automática acrescentam apenas R$ 2.000 ao valor total do carro, bancos de couro custam R$ 2.885, tanto no automático quanto no 4WD. Como o EcoSport já está à venda, esperemos que o site seja rapidamente atualizado para refletir a nova realidade que a empresa transmitiu aos jornalistas. E que, cá entre nós, é muito mais interessante que os R$ 62,15 mil que o site oficial da marca expõe. Mais exatamente R$ 3.250 mais interessante.
Fonte: Ford
