Em novembro passado, a prestigiada revista britânica AutoCar, a mais antiga do mundo, divulgou que a Volkswagen estaria preparando um carrinho muito econômico e pouco poluente para o mercado mundial. Esse carro seria baseado no futuro Lupo, atualmente conhecido como o conceito up!, e receberia o nome Chico, o mesmo de um carro conceito híbrido urbanino apresentado em 1991. Chico, em espanhol, significa pequeno.
Além de se colocar em um segmento de mercado que promete crescer muito nos próximos anos, como a apresentação do Toyota iQ demonstra, a Volkswagen também quer baixar sua média de emissões de poluentes e consumo de combustível. O objetivo estabelecido para o Chico é de 50 km/l e 60 g/km of CO2, de acordo com a AutoCar.
Se o primeiro Chico tiver de ser levado em consideração, esses números seriam facilmente conseguidos. Com seu sistema híbrido em funcionamento, o consumo de combustível era de 71,43 km/l. Mesmo dependendo apenas do motor a gasolina, um dois-cilindros de 636 cm³ capaz de gerar 34 cv a 6.000 rpm e só 45 Nm a 3.000 rpm, ele gastaria 23,36 km/l a uma velocidade constante de 90 km/h.
O problema é que a Volkswagen pretende usar um motor maior e nada de propulsão híbrida para atingir esse objetivo. Há duas opções já cogitadas para o novo carrinho: um quatro-cilindros 1,2-litro com injeção direta de gasolina e desativação de cilindros (até dois de uma vez) e um turbodiesel três-cilindros também de 1,2 litro. Sistema pára-e-anda (que liga e desliga o motor quando ele fica parado muito tempo), freios regenerativos e pneus de baixa resistência à rodagem serão de série no novo Chico.
O anterior media 3,15 m de comprimento, 1,60 m de largura, 1,48 m de altura e tinha um entreeixos de 2,05 m. Como gastava muito pouco, o Chico não precisava de um tanque maior do que o que tinha, de 20 l.
Para seu tamanho, o carrinho era pesado. Chegava aos 785 kg, com uma aerodinâmica que também não ajudava: cx de 0.32. Assim como o iQ, o Chico era um modelo 2+2, com 60 l de porta-malas. A velocidade máxima de 131 km/h prenunciava que performance não era algo a esperar do carrinho. Ir da imobilidade aos 100 km/h levava a eternidade de 30 s. Esperemos que a versão de produção em série melhore (e bastante) esses números.
Fonte: AutoCar