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A declaração de Rattazzi aconteceu quando os jornalistas perguntaram a ele sobre a aliança com a Chrysler. A resposta? “A aliança está muito forte e é possível pensar em uma picape Chrysler fabricada em Córdoba.” O executivo falou também em criar um segundo turno na fábrica, o que certamente aconteceria para comportar mais um produto.
Faz todo o sentido. O Brasil já recebe do país vizinho diversas de suas picapes médias, como a Toyota Hilux e a Ford Ranger, que ganha esta semana uma reestilização e baixa de preço (mais detalhes em breve), mas da Argentina virá também a VW Amarok, ou “A Maroca”, como ela já vem sendo chamada, a primeira picape média desenvolvida e fabricada pela montadora alemã. GM e Ford vão perder a vida mansa no mercado de picapes médias com concorrentes de peso tanto da VW quanto a Fiat, como se vê. Com redes de distribuição tão grandes ou maiores, o que sempre influencia no volume de vendas.
No que se refere à distribuição da Fiat, os concessionários da marca estão ansiosos por vender modelos da Chrysler, algo que foi inclusive compromisso da montadora italiana para poder selar sua aliança com a norte-americana. Deve haver alguma chiadeira dos concessionários Chrysler, mas, como eles são poucos, é possível que a Fiat só venda produtos Chrysler em lugares sem concessionárias da marca já estabelecidas. A conferir.
A Dakota que foi flagrada no Brasil usava um motor V8 de 4,7 litros flexível em combustível. Como o consumo dessa beleza deve ser altíssimo, a Fiat deve equipar a picape com um motor a diesel. O melhor candidado para ficar sob o capô da picape é o S23, da FTP (Fiat Powertrain), o mesmo que equipará o jipe catarinense TAC Stark. Com 2,3 litros, esse turbodiesel gera 127 cv a 3.600 rpm e 300 Nm a 1.800 rpm. Como a FTP fabricará 20 mil unidades por ano deste propulsor, e ele é relativamente leve, seria a escolha ideal para a versão a diesel da picape.
Além do motor a diesel, a Dakota já tem, antes mesmo de ser feita na Argentina, uma parte de suas peças feita no Brasil. Trata-se do câmbio de seis marchas, manual, que é feito em São Bernardo do Campo. Como se vê, a picape já está pronta de mala e cuia para chegar no mercado nacional. A questão já não é "se". É "quando".
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Fonte: Telam