Alguns chamaram esse carro de extraordinário, mas ele não parece nada fora do comum para nós. É bacana, para dizer o máximo. De todo modo, o carro apresenta qualidades que podem ajudá-lo a vender bem, se ele conseguir chegar às linhas de montagem.
O SR1 tem 4,83 m de comprimento, 1,25 m de altura e um entre-eixos de apenas 2,60 m (pouco para um carro tão comprido). Esses dados mostram que um dos principais problemas dos Peugeot atuais se repetiu no conceito: balanços dianteiro e traseiro muito grandes. Eles podem ajudar o carro a ficar mais bonito (algo discutível), mas são um problema para o comportamento dinâmico (e para entrar e sair de lombadas e garagens).
Em linha reta (e plana), porém, o SR1 acelera de 0 a 100 km/h em 4,7 s, uma marca bastante respeitável. Isso se deve ao fato de ele contar com 230 kW (313 cv). Seguidor do conceito HYbrid4 (bastante pregado pela Peugeot, mas ainda não cumprido), ele usa um motor 1,6-litro turbo THP, que rende 160 kW (218 cv), para impulsionar as rodas dianteiras, e um elétrico, que gera 70 kW (95 cv), para as rodas traseiras, que também esterçam. Tudo com a emissão de meros 119 g/km de gás carbônico.
A transmissão é uma automatizada de seis marchas. Não se fala em dupla embreagem, sinal de que a Peugeot tem de se concentrar mais na parte técnica do que no estilo. Transmissões automatizadas de dupla embreagem são apontadas como o futuro dos câmbios e devem se disseminar rapidamente pelo mundo em um futuro próximo.
A Peugeot também fala que o SR1 é o único veículo 2+1 do mundo (como se isso fosse vantagem; o Toyota iQ, aquela coisa pequenininha, é um 3+1) e que o apresentará no Salão de Genebra, em março, com brilhantes rodas de liga-leve de aro 20". Ainda perguntamos: seria isso suficiente para chegar ao sétimo lugar entre os produtores? Os consumidores decidirão.
Fonte: Peugeot
