O rumor de importação dos BYD ao país já corre há anos. Primeiro, havia a certeza de que o grupo Caoa seria o responsável por isso, ainda mais com a iminência de a Hyundai assumir sozinha a importação e produção de seus veículos por aqui. A história caiu quando o grupo Caoa se decidiu a importar os Great Wall para cá. Ficou a dúvida, especialmente depois de leitores da Quatro Rodas terem fotografado os BYD F3-R e F0 rodando pelo Brasil.
Quem viu a placa dos carros notou que elas são de uma cidade com nome curto. Poderia ser salto, sede do grupo JLJ, que atualmente distribui os Chery no país. A marca chinesa também estaria interessada em tirar o intermediário da jogada, ou seja, em cuidar ela mesma de suas vendas no Brasil. Com isso, ou o grupo JLJ sai de vez do mundo automotivo ou arranja outra marca para distribuir por aqui. A BYD se encaixa muito bem nisso.
Outra hipótese para vender os carros da marca por aqui é Pacifico Paoli, dos grupos Projeto e Sandrecar. O domínio www.bydbrasil.com.br está no nome de sua empresa. Apesar de ser um forte indício, não quer dizer muita coisa, já que a Sandrecar também tem vários domínios da Chery. Estranha coincidência.
No que se refere aos carros, o F0 é um modelo pequeno, de 3,46 m de comprimento e 2,34 m de entre-eixos. Seu motor, de apenas três cilindros e 998 cm³, gera 68 cv e 90 Nm. O F3-R, o Corolla hatch chinês, tem motores 1.5 de 107 cv e 144 Nm, com câmbio manual de cinco marchas, e 1.6 de 100 cv e 134 Nm com câmbio automático de quatro marchas. Seus 2,60 m de entre-eixos e 4,33 m de comprimento o colocam como um hatch médio, mas a semelhança com o modelo da Toyota pode ameaçar sua distribuição tanto nos EUA quanto aqui. No mundo dos carros, ainda não existem automóveis genéricos.
Fonte: BYD e Quatro Rodas