A Renault deu início a suas operações industriais no Brasil com a Scénic, uma minivan média que inaugurou seu segmento de mercado por aqui. Talvez seja a afinidade gerada pela "aliança", vulgo controle total, mas o caso é que a Nissan resolveu seguir o mesmo caminho por aqui. E fez sua estréia como fabricante nacional de veículos de passeio com outra minivan, a Livina. E ela também inaugura um segmento de mercado: o de minivans médias com preço de compacta, ou mais exatamente R$ 46,69 mil.
Essa estratégia também foi herdada da Renault, mais exatamente do Logan e do Sandero, veículo que tecnicamente se pode definir como médios, mas que são vendidos a preços de modelos pequenos. Assim como eles dois, a minivan da Nissan utiliza a plataforma B0, com o generoso entreeixos de 2,60 m. As outras medidas da Livina são 4,18 m de comprimento, 1,69 m de largura e 1,57 m de altura, com um belo porta-malas de 449 l.
A Livina tem dois motores, ambos flexíveis em combustível: 1,6-litro 16V de 108 cv (álcool) e 104 cv (gasolina) a 5.750 rpm e 1,8-litro 16V de 126 cv (álcool) e 125 cv (gasolina) a 5.200 rpm. No motor mais simples, só há oferta de câmbio manual de cinco marchas. No mais sofisticado, só de câmbio automático de quatro marchas.
As versões de acabamento também são duas. A mais simples, sem nome, traz uma extensa lista de itens de série, como ar-condicionado, direção com assistência elétrica, volante com regulagem de altura e airbag para motorista, limpador e desembaçador traseiro, travas e vidros elétricos e rodas de aro 14” de aço estampado com calotas. Na versão 1,6-litro, traz o preço que já informamos. Na 1,8-litro, sai por R$ 50,69 mil.
A SL, também com motor 1,6-litro (R$ 51,49 mil) e 1,8-litro (R$ 56,69 mil), oferece ABS, EBD e assistência à frenagem, toca-CD com MP3 e entrada para iPod, rodas de liga-leve de aro 15”, alarme (só no 1.8), faróis de neblina, retrovisor e maçanetas na cor do carro, abertura das portas por controle remoto, travamento automático das portas e airbags para motorista e passageiro do banco dianteiro.
Além do estilo agradável, da oferta de equipamentos, do espaço interno avantajado e do preço, a Livina também traz um novo sistema de abastecimento do tanque de partida a frio. Ele não está nem na carroceria, como nos Honda, nem sob o capô, como nos demais carros flex. Está entre o pára-brisa e o capô, na grade onde ficam os limpadores de pára-brisa. Isso evita ter de abrir o capô e fazer recortes adicionais na lateral do carro.
Em termos de consumo, a Livina conseguiu 12,8 km/l na cidade e 17,5 km/l na estrada com o motor 1,6-litro usando gasolina. Com álcool, ele faz respectivamente 7,7 km/l e 10,5 km/l. No caso do motor 1,8-litro, que em breve deve chegar ao Sentra e a Tiida, as marcas são de 11,6 km/l em percurso urbano e 17,2 km/l em trajeto rodoviário com o combustível fóssil e 7 km/l e 10,3 km/l com o vegetal nas mesmas situações. Vale lembrar que esses números, obtidos por meio da norma NBR 7024, não necessariamente refletem os valores de consumo real, mas dão uma excelente base de comparação com os concorrentes. Vejamos, aliás, o que eles vão fazer para enfrentar a Livina. Vai ser preciso munição pesada.
Fonte: Nissan