REVAi será vendido em janeiro no Brasil pela ElecTrip

Em setembro deste ano, foi anunciado oficialmente que os carros da REVA, empresa indiana dedicada a veículos exclusivamente elétricos, seriam trazidos à América do Sul pela CAM Br, empresa do grupo espanhol Endesa, ligado ao setor elétrico. O que não se sabia era quem revenderia os carros por aqui, nem em que cidades. Pois o mistério foi resolvido. A primeira empresa a vender os carros da REVA no Brasil será a ElecTrip, e a cidade escolhida para a estréia não poderia ser outra: São Paulo. Tanto pelo problema de poluição quanto pelo de trânsito.



"Tenho a intenção de abrir uma representação em São Paulo, mas tudo depende do volume e da aceitação do veículo, bem como da redução de impostos, que são muito altos, ainda", disse Victor Levy, da ElecTrip, ao MotorDicas.

Levy comprou dois veículos, do modelo mais simples, o Standard, nas cores prata e azul. Serão os dois primeiros a ser vendidos ao público, por R$ 56.385, e chegam ao país em janeiro. Além deles, os interessados podem encomendar o modelo Deluxe, que sairá por R$ 75.075 e virá, de série, com ar-condicionado, travas elétricas nas portas, toca-CD com MP3 e rodas de liga-leve, entre outros equipamentos.

Segundo o que diz o site da ElecTrip, www.electrip.com.br, os interessados em um dos dois primeiros modelos a desembarcar no país terão de fazer um depósito de 25% do valor do veículo escolhido assim que manifestarem interesse.

O restante do valor deve ser pago na liberação do automóvel, quando ele chegar ao país. O mesmo procedimento deverá ser seguido para os REVAi que forem encomendados, como os do modelo Deluxe. O prazo de chegada dos carros ao Brasil é de cinco meses depois do pedido.

Com 2,64 m de comprimento, 1,32 m de largura, 1,51 m de altura e um entreeixos de 1,71 m, o REVAi pesa 665 kg e é chamado de 2+2, ou seja, leva dois adultos nos bancos da frente e duas crianças, que viajam no carro exatamente como é mostrado nesta foto, infelizmente muito pequena:



O tempo de recarga, em uma tomada comum, leva de 2 a 8 horas. Com recarregadores especiais, é possível recuperar 50% da carga em 10 minutos, o que equivale a uma autonomia de 40 km. Com carga total, a distância que pode ser percorrida com um REVAi é de 80 km, mais do que suficiente para a maioria dos deslocamentos diários das pessoas. A velocidade máxima, de 80 km/h, também é compatível com as velocidades permitidas nos grandes centros, mas pode ser um empecilho em algumas estradas com limite de velocidade superior.







Se o carrinho fizer sucesso por aqui, é possível que, em breve, tenhamos a nova geração do modelo a caminho do Brasil. Mostrada como conceito, ela usa baterias de íons de lítio, mais modernas que as do modelo atual, que são de chumbo.

Ainda há muitas perguntas por responder. Tão logo tenhamos novidades sobre os primeiros automóveis elétricos à venda no Brasil, voltaremos ao assunto. Fique de olho!





Fonte: ElecTrip

Morgan inicia comemorações de seu centenário com SuperSports Junior

A maioria dos adultos que amam carros adoraria dirigir ou ter um Morgan na garagem. Qualquer Morgan. Se as crianças andavam se sentindo meio deixadas para trás nisso, querendo, como sempre, acelerar o tempo para crescer depressa e poder fazer o que quiserem, inclusive dirigir seus Morgan, isso não será mais preciso. A marca, que comemora seu centenário em 2009, iniciou as celebrações com o anúncio da fabricação do SuperSports Junior, um carrinho a pedal, em escala 2/3, que será feito em número reduzido (só 500 unidades) para os fãs da marca com 6 a 13 anos de idade.



O SuperSports Junior lembra bastante os primeiros Morgan a ser construídos, triciclos com motor de V2 de moto para impulsionar suas rodas dianteiras. Se ele parece um carro de brinquedo, a marca britânica não o leva tão na brincadeira, tanto que ele será construído ao lado dos veículos motorizados da empresa e, segundo a Morgan, terá excelente relação peso/potência!

Só esperemos que outra das tradições da marca não continue imperando. Se a fila de espera para o SuperSports Junior for de quatro anos, como as de alguns modelos da empresa já chegaram a ser, os fãs de 13 anos só receberão os seus aos 17. E vão continuar rezando para o tempo passar rápido. Afinal, com 18 eles poderão andar em modelos com três pedais, bem mais interessantes.




Fonte: Morgan

Mensagem de Natal do MotorDicas

Prezados leitores,

Esse é o primeiro Natal do MotorDicas com vocês. Calhou de ser também o primeiro de um momento difícil da indústria automotiva. Um momento que, não fossem os problemas financeiros do mundo, seria igualmente de repensar o papel do automóvel no mundo. Isso porque, como eu já disse no post "Por que sou contra o Dia Mundial Sem Carros", o automóvel vem sendo ameaçado até mesmo em sua função mais elementar, a de meio de transporte.

Dizem que carro é poluente, que carro ocupa muito espaço, que carro prejudica a saúde etc. Puseram o coitado como o grande vilão dos problemas atuais. Só se esqueceram de dizer que veículos puxados a cavalo eram muito mais poluentes e ineficientes (a diferença é que os dejetos eram sólidos, ainda que também houvesse os gasosos), que carroça e cavalo ocupavam tanto espaço ou mais que os automóveis atuais, que eram inacessíveis à maioria da população e por aí afora.

Quando se critica o automóvel, o que se vê é, na maior parte das vezes, uma crítica também ao que ele tem de melhor: ser acessível. Qualquer um pode ter um carro, com quantias que beiram o irrisório (com carros que só se mexem por milagre, diga-se, mas ainda carros). É uma crítica social, contra o acesso de gente pobre a um meio de locomoção individual. E, cá entre nós, toda locomoção é individual, por mais que seja para um mesmo lugar. Mais que o tráfego ou que a poluição, o que incomoda é a multidão, como se as ruas tivessem se tornado um grande mercado popular.

Não nego que é ridículo ver um carro de 5 m de comprimento e motor V12 levando apenas seu motorista no meio do tráfego. Quem gosta de carro também detesta trânsito. Mesmo assim, a solução para o problema não é acabar com o automóvel, transformar ruas em parques e por aí afora. Nem criar ridículos programas de caronas, como o que algumas montadoras, com muita cara-de-pau, vêm fazendo.

Se uma montadora quer resolver o problema do trânsito, que crie carros pequenos e racionais, como a Mercedes-Benz fez com o smart fortwo, como Gordon Murray, o pai do automóvel mais fantástico da história, o McLaren F1, fará com o T.25 e como Renato Cesar Pompeu e Carlos Eduardo Momblanch da Motta farão com o Pompéo. Automóveis pequenos, para uma ou duas pessoas, que dinamizam o tráfego.

Pior que essa discussão demonizante e sem embasamento técnico é a tal da crise financeira. As coisas vinham andando bem por aqui. Nos EUA, as montadoras locais vinham apanhando pesado das japonesas por incompetência e por serem controladas por financistas, não por pessoas que realmente gostem de carro. Mas não foi nem a incompetência nem a ganância desse povo que causaram o estrago todo por lá (eles só ajudaram a piorar tudo). Foi falta de dinheiro para financiar os veículos, um problema eminentemente bancário.

E é aqui que vem o mais grave de tudo: a crise é notícia, também nos afetou (muitos créditos vinham de fora do país), mas ela vem sendo exageradamente explorada. Como a infestação de águas-vivas no litoral no início deste ano. Nenhum jornal, revista ou noticiário se atreveu a confessar o óbvio: era falta de notícia pura. Não havia sobre o que falar, pelo menos nada pior do que aquilo. E devíamos dar graças a Deus, mas de uma hora para outra as águas-vivas se tornaram perigosas como tubarões ou piranhas. Ninguém se atreveu a procurar notícias com um aspecto enriquecedor. Boas notícias, para variar um pouco.

Se Papai Noel existisse, e o MotorDicas pudesse pedir a ele três presentes, eles seriam: 1 - que a discussão em torno do automóvel fosse feita por quem entende o que ele representa, com vontade política para melhorar o trânsito, não para achar um culpado, qualquer que seja; 2 - que a imprensa percebesse o papel que exerce e se fixasse no positivo, ajudando a melhorar a situação, em vez de tornar um problema maior do que ele é; 3 - que os homens de boa vontade que gostam de carro se unissem para esclarecer, informar e tornar esse período de mudanças mais suave.

Como não podemos contar com o Bom Velhinho, garanto aos leitores do MotorDicas que faremos exatamente o que pedimos. Não só por coerência, mas porque acreditamos que 2009 pode ser um ano ainda melhor do que 2008. Basta ninguém atrapalhar.

No mais, amigos, fiquem com meus votos de um Natal muito bacana. Para aqueles que não comemoram a data, que a energia positiva que ela gera sirva para revigorar todo mundo, independentemente de crença. Afinal, o que o Aniversariante queria era o melhor para todo mundo. Sem exceções.

Um abraço a todos,

Gustavo

Faralli & Mazzanti muda os planos e apresenta o Vulca S

Em março de 2008, a carrozzieri Faralli & Mazzanti anunciou um novo automóvel, o Vulca V12, que seria equipado, em sua versão mais cara, por um V12 de 7,5-litros e 600 cv. Os planos parecem ter mudado. Agora a empresa italiana diz que fará um novo Vulca, o S, com motor V10 do M5. Um pouquinho maior, diga-se: em vez de 5 litros, o V10 da BMW deslocará 5,8 litros, com uma potência de 630 cv e 630 Nm, contra os 507 cv do modelo de série.



Com um motorzão assim, o Vulca S, feito todo em alumínio, atingirá uma velocidade máxima de 335 km/h e irá de 0 a 100 km/h em 3,9 s. Com 4,83 m de comprimento, 2 m de largura, 1,35 m de altura e 2,78 m de entreeixos, o Vulca S ainda está em desenvolvimento, daí a falta de fotos do carro de frente. O modelo final será apresentado apenas em março de 2009, possivelmente no Salão de Genebra.

Os compradores do carro terão pneus 255/30 ZR21 na frente e 295/25 ZR21 atrás, mas poderão optar por uma medida menor, 245/35 ZR20 na frente e 275/30 ZR20 atrás. Quando dizemos compradores, vale ressaltar que serão poucos, apenas dez, o que fará deste veículo um clássico instantâneo, daqueles que valem mais usados do que novos.










Source: Faralli & Mazzanti

Renault apresenta oficialmente na Argentina o novo sedã Symbol

Já falamos aqui muitas vezes do projeto L35 da Renault, que acabou se tornando o Renault Symbol/Thalia, nome dado ao Clio Sedan no exterior. Construído sobre a mesma plataforma, o sedã compacto traz linhas mais harmoniosas, ainda que alguma herança do modelo antigo ainda esteja presente. Esperado só para 2009, o carro foi oficialmente apresentado pela Renault na Argentina, com vendas confirmadas naquele país para fevereiro de 2009. Por aqui, ele deve começar a ser vendido na mesma época.



No mercado vizinho o Symbol, nome definitivo do modelo, será oferecido com três motores: dois a gasolina, 1,6-litro, com 8 e 16 válvukas, e um 1,5-litro a diesel. No Brasil, devemos ter apenas os motores a gasolina. O motor 1-litro não deve entrar na lista por já fazer parte da oferta do Logan, que continua como modelo de entrada da marca.

Na Argentina o Symbol também terá três níveis de acabamento: Pack, Confort e Luxe, em ordem crescente de quantidade de itens de série. Os preços vão de 48,06 mil pesos, para o Symbol Pack com motor 1,6-litro 8V, coisa de R$ 33,5 mil, a 59,98 mil pesos, para o modelo Confort a diesel, o que dá R$ 41,9 mil.

O Symbol tem 4,26 m de comprimento, 1,44 m de altura, 1,93 m de largura e tem um entreeixos de 2,47 m. Vejamos como os compradores brasileiros reagem ao novo modelo. Mais bonito que o Clio Sedan, que sai de linha, ele certamente é.












Fonte: Renault

Peugeot 308 Sedan aparece com a ajuda de Jorge L. Fernández

A produção do Peugeot 308 foi confirmada para a Argentina. Mas, por lá, ele deve nascer primeiro como um sedã, como já aconteceu com o C4. Foi tentando imaginar como seria esse veículo que nosso amigo Jorge L. Fernández criou o desenho abaixo:



Como Jorge bem diz, a julgar pelos sedãs derivados de hatches da marca, o verdadeiro deve ser bem diferente do que ele concebeu. A bem da verdade, deve ser feio, com uma traseira que pode parecer enxertada, como acontece no 307 Sedan. Esperamos estar errados...

Fonte: Area75

Qual seria o melhor carro para portadores de deficiência física?

"Bom dia,

Sou portador de deficiência física e tinha um Peugeot 206 automático. Gostava do carro. Minha nota para ele seria 8. Infelizmente, sofri um acidente e ele teve perda total.

Vou adquirir outro carro automático e desejo saber qual você me aconselha a comprar e por qual motivo me aconselha.

Obrigado,

Ângelo Andrade Pereira"


Como vai, Ângelo? Lamento por seu acidente, mas ainda bem que você não se feriu.

Eu não poderia aconselhá-lo a comprar um carro pura e simplesmente porque isso seria muito parcial. E eu só me permitiria ser parcial se um veículo realmente fosse tão superior aos outros em tudo que soasse estupidez indicar qualquer outro. O que eu posso fazer é discutir com você as opções e qual delas é a melhor para você, o que vai depender do que você pode pagar.



A Peugeot não fabrica mais o 206 com câmbio automático, o que é lamentável. Ela preferiu oferecer essa opção apenas no 206 melhorado, que eu sempre resisto em chamar de 207, apesar de ser este seu nome, por haver um 207 na Europa que é completamente diferente e melhor que o nosso. Em consideração às PPD (pessoas portadoras de deficiência física), ela deveria ter mantido o 206 com a opção do câmbio, a um valor mais baixo que os R$ 46,2 mil cobrados pelo "207" XS.



Além do Peugeot, há também, para ficar na PSA, o Citroën C3 Automatique, tanto na versão GLX (R$ 44,88 mil) quanto na Exclusive (R$ 47,24 mil). Está mais barato que o "207", tem porta-malas melhor, é mais espaçoso e vem mais bem equipado. Por outro lado, enfrenta tantos problemas de acabamento e montagem que pode se tornar uma dor de cabeça.



Além deles, o carro mais barato do Brasil com câmbio automático é o Kia Picanto, que sai por R$ 39,9 mil. Ele é bem compacto e econômico, mas é importado (o que impede a obtenção de descontos de impostos) e tem pouco espaço para passageiros e bagagens. Em todo caso, tem fama de dar pouquíssima manutenção. Se couber no seu bolso, sem os descontos de IPI e ICMS, é uma opção a considerar.



Voltando aos nacionais, há um limite de R$ 60 mil para isenção de ICMS. Não sabemos se ele foi imposto para que nascessem alternativas mais em conta com câmbio automático ou por miopia pura do governo, uma vez que há poucas opções até essa faixa de preço. Seja como for, foi pensando nisso que a Toyota criou o Corolla XLi 1.6i automático, que custa R$ 55.265. O Corolla é conhecido pela economia, robustez e pelo bom espaço interno.



O único outro carro nacional que cabe na isenção é o novo Honda Fit LX automático, que sai por R$ 56,32 mil. Também não dá para entender muito onde a Honda quer chegar ao aumentar tanto o preço do Fit, mas é possível que isso tenha a ver com a política da marca para a chegada do Aria/City, o sedã construído sobre a base do Fit. Ele deve ser barato do que isso, mas só chega no final do ano que vem.

De todo modo, o Fit se destaca pela alta confiabilidade mecânica e por um excelente espaço interno. O modelo anterior também era conhecido pela economia de combustível. Com as isenções, se ele couber em seu bolso, é o produto mais moderno à disposição, com o melhor câmbio automático (de cinco marchas), e o seguro costuma ser barato.

Vale aqui fazer uma ressalva à falta de visão da Renault, que poderia equipar o Sandero e o Logan com câmbio automático, oferecendo-os ao consumidor PDD por um preço excelente. Esses modelos já existem e são vendidos ao México sob a bandeira Nissan. Pena a marca não ter pensado nisso por aqui ainda.



Além dos modelos com câmbio automático, há também os com câmbio manual automatizado, um sistema mais econômico e fácil de manter que o automático (por usar embreagem), mas com as mesmas vantagens de conforto. É o caso da Chevrolet Meriva Easytronic, que começa nos R$ 45.879. Espaçosa, a Meriva peca pelo motor, de concepção antiga e, portanto, beberrão, e pelo fato de estar para sair de linha na Europa, o que fará da versão brasileira uma candidata ao mesmo destino em um prazo curto.



Outro com câmbio manual automatizado em uma faixa de preço que cabe nas isenções é o Fiat Stilo Dualogic. Contra ele pesam as mesmas coisas que contra a Meriva: motor antiquado (o mesmo da minivan Chevrolet, inclusive) e a iminência de sair de linha, já que o hatch Bravo, seu substituto na Europa, está sendo testado no Brasil. A Fiat tem um produto mais moderno, o Linea, mas, com câmbio Dualogic, ele começa nos R$ 60.372, fora, portanto, da faixa de isenção.

Para este ano há mais modelos que devem adotar o câmbio manual automatizado, como os VW Fox e Polo, mas, considerando que você tem pressa na compra de seu novo carro, analise as opções que eu lhe passei e que já estão no mercado de acordo com suas possibilidades e com o que você prefere. Afinal de contas, o melhor carro é aquele que dá gosto de ver na garagem e isso, Ângelo, é muito pessoal.

Uma excelente escolha para você!

Um abraço,

Gustavo