Honda City chega para matar o Civic básico a R$ 56,21 mil

Pois é, minha gente... Quem costuma ler o MotorDicas sabe que apostávamos em um preço de R$ 45 mil para o novo Honda City, o que o colocaria como o carro mais barato da marca japonesa. Lançado nesta sexta-feira, o carro chegou bem mais caro do que isso: começa nos R$ 56,21 mil na versão LX com câmbio manual e segue a R$ 60,01 mil na LX com câmbio automático, R$ 61,65 mil na EX com transmissão manual, R$ 65,45 mil na EX automática, R$ 65.375 na EXL manual e, finalmente, R$ 71.095 pela EXL automática. O que a Honda vai fazer com isso é a pergunta que fica.



Explico: a Honda já tem dois carros na faixa dos R$ 60 mil aos R$ 70 mil, os dois únicos que ela faz no Brasil. São o Fit, que vai de R$ 51.845 a R$ 67.725, e o Civic, que vai de R$ 64.365 a R$ 83,81 mil. A diferença de proposta dos dois modelos pode ter ajudado a Honda a manter suas boas vendas de modo individual, mas o City certamente vai matar as versões mais básicas do Civic, comprometendo os resultados de vendas do sedã médio.

Isso porque o City é mais moderno (terá um tempo de vida mais longo, sem mudanças drásticas no curto prazo), mais econômico (seu motor é o mesmo 1,5-litros flex do Fit, que rende 115 cv a 6.000 rpm com gasolina e 116 cv a 6.000 rpm com álcool; o torque é de 145 Nm a 4.800 rpm com qualquer combustível), tem porta-malas maior (506 l, contra 340 l do Civic, quase um porta-malas do Ka antigo a mais) e é mais barato com o mesmo nível de equipamentos. No Brasil, preço é fator determinante.

E não é bom ter um modelo a mais como opção de compra? Certamente, mas não para a Honda. Aliás, para a empresa, o City é um tremendo tiro no pé. Isso porque as versões mais baratas do Civic, apesar de custarem na faixa dos R$ 64 mil de tabela, podem ser encontradas por R$ 60 mil. Em outras palavras, até R$ 60 mil a Honda tinha um sedã que segurava bem a onda e que era o campeão de vendas de seu segmento. Para que lançar mais um que começa nos R$ 56,21 mil? Se a ideia era ampliar mercado, melhor seria ter feito um City mais pelado e com motor 1,4-litro, para concorrer com Renault Symbol, VW Polo Sedan, Chevrolet Corsa Sedan e Fiat Linea (mais equipado e caro, mas tecnicamente na mesma faixa de mercado).

Com 4,40 m de comprimento, 1,70 m de largura e 1,48 m de altura, o City traz, em sua versão LX, a básica, rodas de liga-leve de aro 15”, com pneus 175/65 R15, maçanetas pintadas na cor do carro, ar-condicionado, direção elétrica, vidros, travas e retrovisores elétricos, banco do motorista com regulagem de altura, volante com regulagem de altura e distância, dois airbags dianteiros, toca-CD com MP3 e entradas auxiliares para iPod e pen-drives e freios a disco apenas na dianteira.

A intermediária, chamada de EX, traz discos nas quatro rodas com ABS e EBD, maçanetas cromadas, rodas de aro 16” e pneus 185/55 R16, ar-condicionado digital, retrovisores com luzes repetidoras de direção, volante em couro com comandos do rádio e do controlador de velocidade e maçanetas internas prata. Para a versão topo de linha, a EXL, a Honda reservou faróis de neblina, bancos de couro e sistema de som com tweeter. Talvez até ela ameace o sedã campeão de vendas da Honda. E talvez algum dia a marca consiga explicar um lançamento tão difícil de entender.





















Fonte: Honda

Papa-Honda Fit, Kia Soul chega ao mercado por R$ 51,49 mil

Levou quase um ano, mas aconteceu. Depois de apresentá-lo no Salão do Automóvel de São Paulo, em 2008, a Kia finalmente começará a vender no Brasil o Soul, um veículo que ela chama de crossover, ainda que ele não tenha tração nas quatro rodas. A verdade é que o Soul é um carrinho com estilo de utilitário (posição de dirigir alta) e bastante versátil, o que o tornava, por excelência, o potencial maior concorrente do Honda Fit no Brasil. Depois que a Kia anunciou seu preço, ele deixou de ser concorrente para se tornar carrasco: vai custar R$ 51,49 mil.



O Soul tem 4,11 m de comprimento, 1,61 m de altura, 1,79 m de largura e um ótimo entreeixos de 2,55 m. No porta-malas, também excelente para um carro de seu tamanho, cabem 340 l de bagagem. Ele será vendido no Brasil em três versões, todas com motor de quatro cilindros, 1,6-litro e 124 cv a 6.300 rpm, com torque de 156 Nm a 4.200 rpm. Segundo a Kia, ele acelera de 0 a 100 km/h em 10 s e chega a 175 km/h de máxima. O consumo é outro item que deve agradar: 11 km/l na cidade e 13 km/l na estrada.

Na versão básica, com câmbio manual de cinco marchas, o carro traz dois airbags dianteiros, direção eletro-hidráulica, ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos, toca-CD com MP3, comandos no volante e entrada para iPod e banco do motorista com regulagem de altura.

A versão intermediária, que custa R$ 55,9 mil, traz a mais ABS e EBD. Com câmbio automático de quatro marchas, o preço sobe para R$ 60,9 mil, um acréscimo de R$ 5.000. A mais cara, que custa R$ 59,9 mil, traz também rodas de liga-leve de aro 18", pneus 225/45 R18, kit aerodinâmico e um sistema para facilitar manobras de ré, com câmera e uma tela de LCD de 3,5" embutida no retrovisor esquerdo. Com câmbio automático, essa versão sai por R$ 64,5 mil.

Se levarmos em conta o fato de que o Kia Soul tem garantia de cinco anos ou 100 mil km, como a maioria dos Kia vendidos no Brasil, seu nível de equipamentos e seu visual, que deve agradar, a previsão de vendas da marca, de 600 unidades por mês, é totalmente irreal. Ele vai vender bem mais do que isso, um dos motivos que levaram a Kia a cogitar sua fabricação no Brasil. No fim do ano que vem, o Soul deve ganhar uma versão flexível em combustível. Se cuida, Fit...

















Fonte: Kia

Miura M-1 deve trazer marca de carros fora-de-série de volta à vida em 2010

Quando os importados eram um sonho distante, a melhor forma de se diferenciar no trânsito das grandes cidades era ter um esportivo fora-de-série. De todos os que foram criados, alguns dos mais desejados certamente foram os criados pela Miura. Extinta, a marca voltará a dar frutos em 2010, por meio do empresário Alexandre Rangel, do Rio de Janeiro. E a reestreia deve se dar com esse carro, o M-1.



“Estamos trabalhando no projeto desde 2004, quando observamos que o registro da marca estava vencido. Em 2005 fizemos um acordo com os antigos proprietários da marca, o que nos resultou no registro definitivo em 2007. A partir dai decidimos iniciar o projeto de relançamento do Miura”, disse Rangel ao MotorDicas.

Com chassi tubular de aço carbono e carroceria de plástico reforçado com fibra de vidro, o M-1 terá mecânica semelhante à dos últimos modelos da marca, um quatro-cilindros de 2-litros fabricado pela Volkswagen, flexível em combustível. Ele produz 116 cv com gasolina a 5.200 rpm, 120 cv com álcool a 5.250 rpm e tem torque de 170 Nm a 2.250 rpm com qualquer um dos combustíveis. O câmbio também é o mesmo usado no Golf, um manual de cinco marchas ou, opcionalmente, um automático de seis. A tração, por conta disso, é dianteira. O carro terá comprimento de 4,36 m, com um entreeixos de 2,48 m.

De maneira inteligente, Rangel optou por manter o M-1 muito parecido com os últimos modelos da Miura, para preservar a identidade do veículo e o apelo que ele terá com os fãs da marca. Estão no modelo os faróis escamoteáveis, as portas com abertura por controle remoto e o vidro traseiro envolvente, além de uma faixa dourada no para-choque dianteiro e de uma lilás no traseiro, bastante familiares para quem se lembra dos esportivos do Rio Grande do Sul. “Isso diz respeito ao neon, que foi um destaque do Miura. Neste carro, elas virão como opcionais”, disse Rangel.

Ainda assim, os próximos carros da marca devem ter desenho mais ousado, além de uma mecânica mais forte. “Optamos pelo 2-litros para manter a motorização anterior dos Miura, mas, com o tempo, planejamos investir em motores mais potentes.” Rangel pretende apresentar o primeiro protótipo do carro no ano que vem. “Ele ainda não está pronto, mas está sendo feito em parceria com a Autos Fibra (www.autosfibra.com.br) e contamos com o lançamento dele para o início de 2010.”

As vendas dependem do desenvolvimento do veículo, mas o preço já tem uma estimativa: R$ 100 mil. Esse valor inclui suspensão independente nas quatro rodas, a ar, ABS, ar-condicionado, direção hidráulica, volante escamoteável, bancos elétricos, computador de bordo com sintetizador de voz, airbag dianteiro, abertura das portas por controle remoto, interior em couro, faróis escamoteáveis de xenônio, GPS, toca-DVD, sensor de pressão dos pneus e rastreador. Sensores de estacionamento na dianteira e na traseira são opcionais.

Para comemorar o retorno da marca ao mercado, a Miura destinará as 20 primeiras unidades a uma série especial. Rangel espera produzir cinco veículos por mês. Havendo espaço para a volta dos fora-de-série, talvez outras empresas, como a Puma e a Santa Matilde, podem se animar a voltar às ruas brasileiras. Assim esperamos!















Fonte: Novo Miura