"Quero um carro médio espaçoso, flex e com manutenção fácil"

"Olá, Gustavo.

Quero trocar meu Renault Mégane Hatch RXE 2001 por um novo carro. Gostei muito dele. Gostaria de comprar um completo e com câmbio automático, que não fosse sair de linha logo, tivesse uma boa relação custo/beneficio e bom valor de revenda. Gostaria que rebatesse os bancos tambem.

Ando e viajo normalmente só. Quero um carro médio automático e com todo o conforto e segurança possíveis, flex, com bom bagageiro, pois sempre carrego bastante bagagem de uma casa para outra, piloto automático, air-bag, ar-condicionado...

Quando minhas filhas vêm me visitar com seus filhos, um carro médio acomoda bem todos, daí a minha preferencia. Um carro muito baixo não é aconselhável, por causa dos buracos nas ruas e estradas.

O valor pode ser entre R$ 60 mil e R$ 70 mil. Gostaria também que tivesse um bom valor de revenda e que a mecânica e manutenção não fossem muito caras. Isso também considero muito importante ao comprar um carro.

Os carros coreanos, na opinião de vários consumidores, são ótimos, mas a assistencia ainda é precária, e este é um fator negativo para mim. Não adianta voce ter 5 anos de garantia e, quando precisa de uma peça, ela demora 40 dias !

Me ofereceram o Fiat Linea, mas, como é um carro novo, nâo sei nada sobre ele. E o Toyota Corolla e o Honda Fit?

Agradeço antecipamente o seu auxílio.

Liana Carter
Porto Alegre"

Como vai, Liana, tudo certo?

Considerando que você está saindo de um carro médio hatch, eu não sei se um sedã irá oferecer a você a mesma facilidade de transporte de objetos, mesmo que o encosto do banco traseiro seja rebatível. Com isso em vista, o melhor talvez fosse optar por uma perua, uma minivan ou um hatch, mesmo.

Considerando essas opções, e a necessidade que você tem de um modelo automático, flex e espaçoso, seguem as minhas sugestões:

Perua: sou particularmente fã de peruas, que são veículos espaçosos e com dirigibilidade muito boa, parecida (às vezes melhor) que a de um sedã ou de um hatch. A única perua média do mercado, atualmente, é a Renault Mégane Grand Tour. Automática, ela só é oferecida com motor 2-litros. Completinha, ela custa R$ 70 mil. Os pontos negativos são o fato de ela não ter opção flex com câmbio automático e de já estar desatualizada. Ela deve continuar à venda mesmo depois da chegada do modelo novo, que será fabricado na Argentina.



Até existe uma opção de perua média flex, mas ela já saiu de linha. É a Toyota Fielder. Apesar disso, ela é conhecida por ter consumo baixo de combustível, manutenção baixíssima e ser um veículo muito resistente, com bom porta-malas, o que torna os riscos de comprar uma usada bastante baixos (só se certifique de que ela nunca bateu). As chances de ela desvalorizar nos próximos dois ou três anos são muito baixas.



Minivan: quem tem lido o blog sabe que a Nissan Livina chegou ao mercado causando boa impressão. Automática, ela só é vendida com motor 1,8-litro. Não é um carro exatamente econômico e faltam a ela coisas fundamentais, como regulagem de altura do cinto, do banco e da distância do volante, mas, fora isso, ela é bastante completa e muito espaçosa. Também é fabricada no Brasil, o que tende a tornar sua manutenção bastante tranquila. Outra opção neste segmento é o Honda Fit, um carro bem mais completo, econômico e de acabamento primoroso. Só o preço que é proporcionalmente mais alto.





Hatch: dos modelos médios atualmente à venda, cada um terá seu calcanhar-de-Aquiles. O Ford Focus, um senhor automóvel, não tem (ainda) versão flex, mas ela não demora a chegar. Quando isso acontecer, as versões atuais vão perder valor. O Nissan Tiida é bem equipado, flex e muito gostoso de dirigir, mas não é muito espaçoso e é importado do México. Não sei se isso atrapalha sua manutenção. Consta que não. De todo modo, os modelos feitos na Argentina têm pelo menos o fator geográfico (a vizinhança) a seu favor. No segmento de hatches médios, seriam as indicações que eu lhe faria. Há outro modelo recentemente lançado, o Citroën C4, mas os veículos da Citroën costumam apresentar muitos problemas de acabamento e têm manutenção cara.





Espero que essas dicas a ajudem a se decidir da melhor maneira, Liana.

Para todos aqueles interessados em uma consulta parecida com esta, gostaria de pedir que, antes de mandarem seus e-mails para ghruffo@motordicas.com.br, vocês não se esqueçam, primeiro, de buscar no site se não há consultas já respondidas que atendam a suas dúvidas.

Se não houver, não se esqueçam de me passar que tipo de uso fazem do carro, o que mais valorizam no veículo, quanto tempo pretendem ficar com ele, quantas pessoas vão transportar, em que tipo de terreno rodam (cidade, estrada, estrada de terra), se manutenção, desvalorização, seguro e consumo são fatores importantes, se querem um novo ou um usado e quanto pretendem gastar na compra.

Pode não parecer, mas perfeição não é absoluta. Para cada caso existe um modelo mais indicado. Também peço a paciência de vocês, já que o número de consultas cresceu muito e está difícil atender todo mundo.

Um abraço a todos,

Gustavo

OFICIAL - Platinuss representará Spyker no Brasil

A Platinuss, que já vende no Brasil os modelos da Pagani e da Lotus, agora também é a representante oficial da marca holandesa Spyker. Com uma vantagem: quase todos os motores da marca são da Audi, o que facilita a manutenção no Brasil. Os primeiros a ser vendidos por aqui, o C8 Laviolette LWB, o C8 Spyder SWB e o C8 Aileron, por exemplo, usam o V8 de 4,2 l da Audi. Ele, de todo modo, tem aperfeiçoamentos: pode girar até 7.200 rpm, gera 400 cv e 480 Nm de torque. Com ele, os veículos atingem a máxima de 300 km/h e vão de 0 a 100 km/h em 4,5 s.










Essa beleza de carro chega só no primeiro trimestre de 2010. Chama-se C8 Aileron. Tem 4,62 m de comprimento, 1,97 m de largura, 1,27 m de altura, 2,73 m de entreeixos e peso em ordem de marcha de 1.425 kg.







Esses dois são o C8 Laviolette LWB (Long Wheelbase, ou entreeixos longo, o cupê) e o C8 Spyder SWB (Short Wheelbase, ou entreeixos curto), fácil de identificar. O primeiro tem 4,58 m de comprimento, 1,26 m de altura, 1,92 m de largura, 2,68 m de entreeixos e 1.350 kg. O segundo mede 4,19 m de comprimento, 1,08 m de altura, 1,92 m de largura, 2,56 m de entreeixos e pesa 1.250 kg. Estes chegam em agosto e ficarão expostos no showroom da Platinuss, na av. Europa. Preços, por enquanto, só dá para imaginar, mas serão salgados.

Fonte: Platinuss

Riversimple Urban Car promete ser o primeiro veículo a célula de combustível acessível a todos

Marque essa data em sua agenda: 16 de junho. Este será o momento em que um dos maiores saltos na história da mobilidade pessoal devem acontecer. Ainda chamado de "Riversimple Urban Car" (nós o chamaremos de RUC), o veículo que será apresentado nesta data no Reino Unido promete ser acessível a qualquer um que queira ter um carro movido a célula de combustível (no caso, hidrogênio). Por uma série de razões.



A primeira é o fato de o RUC ser um carrinho urbano, para duas pessoas, construído com materiais compósitos para ser o mais leve possível (cerca de 350 kg). A segunda é que ele não deverá ser vendido, mas sim cedido por leasing, o que pode economizar recursos naturais, já que estes carros poderão ser usados por outras pessoas quando as primeiras que o tiverem dirigido se decidirem por outro veículo, por exemplo. O terceiro é que, apesar de ser movido por célula de combustível, o RUC não deve ter custo alto, uma vez que ele usa uma célula de combustível pequena.

Ela gera 6 kW e conta com a ajuda de freios regenerativos (cada motor, um em cada roda do carro, ajuda na tarefa) e ultracapacitores. Com isso, o carrinho será capaz de acelera de 0 a 56 km/h em 5,5 s e de atingir a máxima de 80 km/h, com uma autonomia de 320 km (ou mais). A economia de combustível seria equivalente à de um carro a gasolina que andasse 106,2 km/l. A diferença é que o RUC vai usar hidrogênio e produzir apenas água como subproduto.

Não bastassem todas estas ideias, o carro também será desenvolvido com código livre, assim como sofwares como o Linux, por exemplo. Isso permitirá que empresas do mundo todo usem os princípios do carro para construir outros modelos, aperfeiçoando a ideia original. De acordo com a Riversimple, que criou o conceito, ou melhor, o aplicou ao mundo automotivo, isso permitirá que o carro se espalhe pelo mundo sem a estrutura gigante que um fabricante de carros tradicional teria de ter. No dia 16 de junho traremos mais informações sobre o carrinho.

Fonte: Riversimple via Autocar

REMENDÃO - Chevrolet Classic ganha mudanças em 2010

Depois que escrevi matérias sobre os preços dos carros brasileiros em outros países, como México e Argentina, fica difícil aceitar que qualquer modelo nacional seja barato. Na verdade, pagamos caro demais por nossos veículos, sejam eles quais forem. Portanto, não dá mais para engolir a realidade brasileira, com carros antiquados sendo vendidos pelo valor de modelos muito mais atuais e modernos na Europa ou nos EUA. VW Kombi, Fiat Mille, VW Gol G4 e Chevrolet Classic fazem parte da lista de modelos que não deveriam mais existir, mas continuam no mercado porque o consumidor continua a comprá-los mesmo diante de opções mais modernas e interessantes. Com isso em mente, toda maquiagem em veículos velhos será tratada aqui no MotorDicas de forma aparentemente dura, mas que, espero eu, ajude a abrir os olhos das pessoas para uma realidade mais dura ainda: só temos esses veículos ultrapassados no mercado porque continuamos a comprá-los. O primeiro "REMENDÃO" é o do Chevrolet Classic. Esse carro já deveria ter dado lugar ao Prisma, que só recentemente recebeu motor 1-litro, mas a Chevrolet insiste em torná-lo "atual". E Giovane Vedoy, do blog Revista Motores, gentilmente nos cedeu as primeiras imagens do carro, que está pronto, como se vê abaixo. Vimos as imagens no blog do amigo Marlos Ney Vidal, o Autos Segredos.



Como já está pronto, é possível que o carro seja lançado este ano, ainda que Vedoy diga que sua fonte, que lhe mandou as fotos e não quer se identificar, teria indicado que o sedã será lançado por aqui em 2010. As mudanças, como em toda maquiagem automotiva, são apenas na dianteira e na traseira do carro. Nem o interior se modifica.

O carro se inspira em outra velharia, o Chevrolet Sail, vendido na China pelo menos a um preço justo (50 mil iuan-renminbi, ou R$ 14,4 mil ao câmbio de hoje). Aqui, ele custa quase o dobro. A sorte dos chineses é que lá também são oferecidos produtos mais modernos, como o Aveo. Aqui, nem isso.

As fotos confirmam as informações da revista MotorShow, a primeira publicação que nos lembramos de ter trazido o Chevrolet Sail (na capa) como inspiração para o novo Classic. Como dizem, o Brasil é realmente o país da piada pronta. Essa é mais uma. O problema é que não somos nós que nos divertimos com ela, pelo contrário. Divertem-se à nossa custa por causa dela. E com razão.




Fonte: Revista Motores via Autos Segredos

Cuidado na compra: peça sempre tudo por escrito

"Olá, boa noite!

O e-mail ficou um pouco longo, mas vale a pena ler!

Estou enviando esta mensagem para demonstrar a minha profunda indignação com a conduta da Fiat e de seu revendedor, o grupo Sinal, que, ao que tudo indica, encontraram o negócio da China: vender sem prazo para entregar e sem o valor do carro pré-estabelecido.

No dia 19/04/09 me dirigi a um feirão promovido pela Fiat no estacionamento do Shopping Eldorado, atraída pela mídia feita por eles de uma grande promoção de vendas com IPI reduzido e descontos tentadores. Depois de muita conversa, me decidi a adquirir uma Strada Adventure Locker. Ela tinha teto solar, ABS, airbag, retrovisor elétrico, pintura metálica e preparação para som por R$ 46 mil.

Fui informada que, por causa desta lista de acessórios e do grande volume de vendas, o prazo de entrega seria de no máximo 60 dias, mas que provavelmente não passaria de 45 e que este prazo tão longo estava sendo dado para que não houvessem atrasos e que seria o prazo garantido por eles.

Estava receosa de fechar o negócio, pois o prazo estava muito apertado e praticamente coincidia com o do fim da redução do IPI, que será no fim do mês de junho. Também me preocupei por outro caso recente, ocorrido com o meu sogro no mesmo grupo Sinal (Pereira Barreto) na compra de um Fiat Linea, que teve a sua entrega atrasada em mais de 30 dias. O prazo dado foi de 30 dias e a entrega se deu após mais de 60 dias!

Insisti em cobrar o prazo e o vendedor que me atendeu, de nome Diogo, com o gerente que estava presente no momento do fechamento do negócio, me garantiram que o prazo não ultrapassaria os 60 dias estipulados. Então, com essa promessa, decidi comprar o carro. Dei o sinal pedido e ficou acertado que, para o pagamento do restante, seria dado o meu carro usado e mais R$ 21 mil à vista no ato da entrega.

Devido à experiência que tivemos com o caso do atraso na entrega do carro do meu sogro, decidi ligar no dia 15/05/09 para a concessionária para saber se eles já tinham alguma previsão da data de entrega ou de fabricação do meu carro. Para a minha surpresa, o mesmo vendedor que me atendeu me disse que a previsão de fabricação do meu carro estava constando para o dia 29/06/09, ou seja, exato um dia antes da revogação anunciada da redução do IPI. Com isso, não haveria tempo hábil para que em um dia este carro estivesse produzido, faturado e entregue aqui em São Paulo e o preço fixado na data da compra não valeria mais, tendo eu que arcar com a diferença no valor devido ao aumento de IPI, que eles nem sabem de quanto será.

Decidi então ir pessoalmente à concessionária no dia 16/05/09 para conversar com o vendedor e sua gerente de vendas. Fui informada de que no máximo na quarta-feira, dia 20/05/09, eu teria uma resposta definitiva para a minha situação e que eles não compreendiam o motivo de minha preocupação, pois eles ainda estavam dentro do prazo estipulado e que o carro poderia chegar antes, mesmo com a previsão da fábrica estipulada para o dia 30/06/09 (mostrada na tela do computador da gerente Valquiria - Sinal Alphaville), ou seja, fabricação para um dia antes do prazo final da redução do IPI e não mais dia 26/06/09 como tinha sido informada pelo telefone.

Na quarta feira como combinado, liguei para eles e obtive a informação de que o carro será fabricado no dia 20/06/09 (3º data diferente em três contatos...) e que não haveria nada mais a ser feito, ou seja, o carro, de acordo com a fábrica, será produzido um dia após a data de entrega prometida do carro e dez dias antes do final do mês!

Pergunto:

1- Como pode um comércio de qualquer tipo vender um produto sem data para entregar e preço fixado na data da compra?

2- Como pode uma indústria de renome internacional como a Fiat promover feirões com o apelo de redução de IPI e promoções se não tem a mínima condição de cumprir com os prazos e preços dados aos inúmeros consumidores pelos seus revendedores? Isso configura propaganda enganosa, má-fé ou descaso com o consumidor?

3- Como fica a minha situação, como a de outros tantos consumidores que compraram ou comprarão seus carros neste período de redução de IPI e não terão seus carros entregues antes do dia 30/06/09?

4- Como as fábricas continuam, impunemente, anunciando preços com IPI reduzido e iludindo os consumidores, já que não possuem a maioria dos carros para pronta entrega nem para entrega antes do final do mês de junho?

5- Estou errada em exigir que o meu carro seja entregue dentro do prazo combinado e pelo preço acertado? Ou terei que pagar o que for estipulado na data de entrega, sem hoje saber qual é esse valor?

Agora vivo um impasse, desfaço o negócio e fico sem o carro e sem a oportunidade de comprar um carro equivalente pelo mesmo preço, já que ninguém tem este carro para entregar com IPI reduzido; espero até o dia 20/06/09 para continuar cobrando mais um prazo dado por eles que não se cumpre e arrisco receber o carro no mês de julho com outro preço; ou recorro à Justiça para ter os meus direitos de consumidora preservados? Isso sem contar a expectativa gerada pela compra do meu primeiro carro 0 km totalmente frustrada por esse tipo de conduta adotada pela Fiat e seus revendedores.

Estariam as montadoras, no meu caso a Fiat, se aproveitando desta atual situação econômica para agir de má-fé com seus consumidores e com o governo, que decretou esta redução de IPI para aumentar a demanda por carros, que estava "deprimida"? Onde está a crise tão alardeada com demissões e diminuições de jornadas que levou o governo a tal medida? A procura está maior do que a oferta, existe fila de espera, mas porque as revendas continuam oferecendo carros com preços reduzidos e prazos anteriores a 30/06/09 sendo que não têm como cumprir?

Teriam eles redescoberto o negócio da China?

Atenciosamente,

Paula Belmonte"


Mil perdões pela demora, Paula. Sei que, quando a gente tem alguma questão deste tipo a resolver, toda espera angustia, mas não foi possível responder antes.



O caso da Paula é importante porque é o primeiro caso de reclamação que recebemos. Publicá-lo, portanto, servirá de ajuda tanto a ela, que tornará pública sua situação, quanto àqueles que estejam pensando em comprar um carro e possam passar pela mesma situação.

Em primeiro lugar, técnicas de venda usam um fator horroroso para o consumidor: ansiedade pela possibilidade de perder um bom negócio. É disso que se valem os estelionatários quando aplicam o conto do vigário: oferecem um carro mais barato vendido com "desconto de funcionário" ou qualquer outra desculpa idiota. Ansioso, o comprador deposita dinheiro na conta do cara sem nem ver o carro. Quando vai à fábrica buscar seu carro, vê que ele não existe. Cá entre nós: se você comprasse um carro com desconto, por que o venderia com o mesmo desconto, e não pelo valor de mercado do carro? Pois é...

Essa história do IPI, como já alertamos uma vez aqui, serve a isso. As vendas realmente caíram, no ápice da crise financeira mundial, mas voltaram a ganhar impulso (e não só por conta do IPI mais baixo). Com medo de perder o desconto, o consumidor corre com a decisão (e não raro faz bobagem). Os prazos de redução "emergencial do IPI, de três meses, se devem a essa técnica. Uma redução com propósitos sérios jamais seria de menos de um ano.

O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, faz esse jogo: ameaça cortar o IPI para estimular as vendas. Quando chega o fim do prazo, ele o estica. Nos bastidores, o que se diz é que o IPI não vai voltar de uma vez ao que era. Vai ser paulatinamente aumentado.

Como tudo no Brasil é imprevisível (e o povo é manso), pode ser que o IPI volte aos patamares anteriores ou até aumente, mas o que o consumidor tem de saber é que, para fazer um bom negócio, não são as condições que contam. O que realmente importa é ele saber que é ele que está no controle.

Para começar, nunca feche negócio sem ter todas as garantias por escrito. Nem que seja um bilhete do vendedor afirmando as condições da venda (com data e assinatura dele). Tudo pode servir de prova em um eventual processo. Isso porque, se o vendedor promete entregar um carro a você em determinado prazo, ele tem de cumprir, sob as penas da lei, como indenização, multa e tudo mais que couber. Só dê entrada, seja em dinheiro ou com o carro usado em pagamento, com documentos que comprovem as condições do negócio. Para poder cobrar depois.

Se tiver dinheiro para comprar à vista, não aceite prazos. Exija o carro para pronta entrega. Além das concessionárias, há lojas que dispõe de sistemas com estoques de carros no país inteiro. Em algum canto vai existir o carro do jeito que você quer pelo preço que você quiser pagar. Carro, você pode comprar qualquer um. Dinheiro, o vendedor vai querer o seu. Que ele o ganhe de uma forma justa, sem prejudicar você.

Se você tiver algo que comprove as promessas, Paula, não precisa desfazer o negócio. Pode cobrar, mesmo depois da data de revogação da redução de IPI, que o carro seja entregue a você pelo valor combinado. O concessionário que se vire para manter o compromisso que assumiu com você. Se houver acréscimo de preço, ele que tire uma parte da gorda margem de lucro que recebe para cumprir a promessa que lhe fez. Se o concessionário não a atender, nem discuta: acione o Procon. Se o Procon não resolver, ele encaminhará seu caso à Justiça já com um entendimento desfavorável à revenda. Pena a Justiça ser lenta, mas é causa ganha.

Se você não tiver os papéis, talvez seja mais prudente desfazer o negócio, mas se prepare para uma novela: receber de volta a entrada que você deu. Pode ser que a Sinal se destaque por ser ágil nisso, mas a regra é uma demora absurda nesse processo.

Espero que seu caso se resolva, mas que ele sirva de exemplo aos outros consumidores ávidos por fazer um bom negócio. Mais uma coisa: fuja de feirões. As mesmas condições oferecidas no local são válidas nas concessionárias participantes. Vá direto ao revendedor mais perto de você: sai mais barato e é mais cômodo. E lembre-se: daqui em diante, peça tudo por escrito.

Para todos aqueles interessados em uma consulta parecida com esta, gostaria de pedir que, antes de mandarem seus e-mails para ghruffo@motordicas.com.br, vocês não se esqueçam, primeiro, de buscar no site se não há consultas já respondidas que atendam a suas dúvidas.

Se não houver, não se esqueçam de me passar que tipo de uso fazem do carro, o que mais valorizam no veículo, quanto tempo pretendem ficar com ele, quantas pessoas vão transportar, em que tipo de terreno rodam (cidade, estrada, estrada de terra), se manutenção, desvalorização, seguro e consumo são fatores importantes, se querem um novo ou um usado e quanto pretendem gastar na compra.

Pode não parecer, mas perfeição não é absoluta. Para cada caso existe um modelo mais indicado. Também peço a paciência de vocês, já que o número de consultas cresceu muito e está difícil atender todo mundo.

Um abraço a todos,

Gustavo

"Quero o melhor carro até R$ 32 mil reais. Qual seria o mais adequado?"

"Bom dia,

Se possível, gostaria de uma ajuda na escolha do meu automóvel zero. Gostaria de informações detalhadas de preço, valor do seguro, custo de manutenção, problemas crônicos que podem ocorrer, consumo de combustí­vel (álcool/gasolina) e, no fim das contas, o veredicto final por parte de voces que são especialistas.

Gostaria de um carro com um espaço interno razoável, um porta-malas em que caibam algumas malas para fazer algumas viagens até a praia (Litoral Norte de São Paulo, umas três horas de viagem, mais ou menos), que me deixe tranquilo em relação a manutenções, ou seja, não comprar um carro já sabendo que vou ter gasto com ele em um espaço de tempo muito curto, e que tenha um preço de seguro razoável, nada comparado aos VW Golf e Fiat Stilo da vida.

Um abraço!

Saudações,

João Campos

Obs: Não citei acima, mas gostaria de informações dos carros chamados de "populares" (hatch 1-litro) e sedãs médios (até R$ 32 mil)."


Como vai, João, tudo certinho?

Infelizmente, João, se eu me detiver em todos os detalhes para poder responder a sua consulta, considerando a quantidade de opções que existem, eu não respondo mais nada. Vou te ajudar na medida do que posso, considerando o que você quer.

Você não menciona se quer carros novos ou usados, mas farei uma divisão que é importante. Primeiro, não há sedãs médios novos à venda por R$ 32 mil, só hatches e sedãs pequenos. E poucos. E, em sua maior parte, ultrapassados, o que, para quem está preocupado com manutenção, pode ser uma coisa boa (quanto mais tempo de mercado, mais fáceis as peças são de encontrar). Assim, vou dividir sua consulta em hatches populares novos e sedãs médios usados.

Entre os hatches novos, há duas indicações que sempre faço, pela falta de modelos mais atuais: VW Gol (terceira geração, erroneamente chamada de G5) e Renault Sandero. Entre os hatches com motor 1-litro, são os modelos mais modernos, os com menores chances de mudar no curto prazo e os mais legais de dirigir. Em breve sairá o VW Fox com nova frente, mas ele não é exatamente um carro que eu goste de dirigir justamente pela posição alta do banco. Para quem gosta dela, vale a pena esperar. Para quem não gosta, o melhor é pensar nos dois modelos que citei.

O VW Gol se destaca pelo acabamento (dentro do possível, a não ser pela alavanca de ajuste de altura do banco, que tem de ser urgentemente repensada); o Renault Sandero, pelo espaço interno. Em termos de mecânica, a Renault promete preços acessíveis, mas um jogo de embreagem para o motor 1,6-litro estava por R$ 1.200 em uma concessionária que visitei há pouco tempo. Não é exatamente barato, mas o motor 1-litro talvez tenha preços mais em conta. De todo modo, o Sandero é um modelo médio pelo preço de um pequeno. Para você, que pretende viajar, pode ser uma excelente escolha, com um valor de seguro que é bastante razoável.

Entre os sedãs médios, por R$ 32 mil você consegue comprar um Honda Civic até 2006 ou um Toyota Corolla até 2004. Esses veículos são considerados extremamente resistentes, de baixíssima manutenção (quando bem conservados) e com seguros baratos em relação a seu preço. Outro modelo que pode vir a calhar é o Honda Fit, também até 2006.

Espero que isso o ajude a fazer uma boa escolha, João.

Para todos aqueles interessados em uma consulta parecida com esta, gostaria de pedir que, antes de mandarem seus e-mails para ghruffo@motordicas.com.br, vocês não se esqueçam de me passar que tipo de uso fazem com o carro, o que mais valorizam no veículo, quanto tempo pretendem ficar com ele, quantas pessoas vão transportar, em que tipo de terreno rodam (cidade, estrada, estrada de terra), se manutenção, desvalorização, seguro e consumo são fatores importantes e quanto pretendem gastar na compra.

Pode não parecer, mas perfeição não é absoluta. Para cada caso existe um modelo mais indicado. Também peço a paciência de vocês, já que o número de consultas cresceu muito e está difícil atender todo mundo.

Um abraço a todos,

Gustavo

"Quero um substituto para minha perua média. Fico com uma minivan ou um utilitário?"

"Gustavo,

Acompanho alguns blogs sobre carros e penso que o seu está entre os melhores, parabéns!

Tenho um Renault Mégane Grand Tour 2.0 2007 mecânico que pretendo trocar em breve. Duas alternativas que considero no momento são a Citroën C4 Picasso e o Chevrolet Captiva Ecotec.

Nessa próxima troca quero um carro automático, mas não gostaria de perder muito desempenho em comparação com meu carro atual. Outro item que tem grande importância para mim é a rápida disponibilidade de peças no caso de necessidade (precisei trocar o para-brisa dos meus últimos três carros!), sendo uma preocupação para os modelos considerados.

Outros comentários sobre prós e contras de cada modelo são bem-vindos.

Fabricio Martins
Curitiba, PR"


Boa noite, Fabricio, tudo certo?

Considerando o carro que você tem e os que pretende comprar, eu lhe diria que o que se parece mais com o que você dirige atualmente é o Citroën C4 Picasso. Tanto em termos de comportamento dinâmico quanto no fato de você querer um veículo de manutenção mais simples.

Em termos de comportamento dinâmico, apesar de a C4 Picasso ser uma minivan, com posição de dirigir mais alta, ela nem de longe é tão alta quanto o Captiva Ecotec Isso aperfeiçoa a dirigibilidade do veículo, em especial a estabilidade. O Captiva só seria recomendável se você andasse em estradas de terra. Para a cidade, não recomendo utilitários.

Em termos de manutenção, o C4 Picasso, hoje, é importado da França. Em breve, ele será feito na Argentina. O Captiva é feito no México e de lá continuará a vir. Isso, a longo prazo, tende a tornar a manutenção mais difícil. Entre os dois, o que deve ter peças mais fáceis de encontrar, ainda que não muito baratas, é o C4 Picasso. O para-brisa dele, aliás, tende a ser bem caro, já que ele usa o sistema SpaceVision, ou seja, o para-brisa invade parte do teto. Em termos de visibilidade, isso é uma maravilha. Em termos de preço...

Se você não se preocupa em manter o padrão de carroceria (dois volumes, como as peruas e os utilitários), poderia pensar também no Ford Fusion, que tem um porta-malas enorme e é um senhor automóvel. Mas também é feito no México. A ele se aplicam as coisas que falei sobre o Captiva.

Para não sofrer com manutenção cara, o melhor caminho seria optar por um veículo de fabricação nacional. O que mais se aproxima do que você espera é o Nissan Livina, não por uma questão de preço, mas pelo tamanho. Outra opção seria o Chevrolet Zafira ou o Citroën Xsara Picasso, mas estes modelos estão bastante desatualizados e devem morrer (caso da Xsara) ou ser substituídos (caso da Zafira) em breve. Espero que isso lhe dê um bom embasamento na compra, Fabricio.

Para todos aqueles interessados em uma consulta parecida com esta, gostaria de pedir que, antes de mandarem seus e-mails para ghruffo@motordicas.com.br, vocês não se esqueçam de me passar que tipo de uso fazem com o carro, o que mais valorizam no veículo, quanto tempo pretendem ficar com ele, quantas pessoas vão transportar, em que tipo de terreno rodam (cidade, estrada, estrada de terra), se manutenção, desvalorização, seguro e consumo são fatores importantes e quanto pretendem gastar na compra.

Pode não parecer, mas perfeição não é absoluta. Para cada caso existe um modelo mais indicado. Também peço a paciência de vocês, já que o número de consultas cresceu muito e está difícil atender todo mundo.

Um abraço a todos,

Gustavo

Superior Glass Works dá à Chevrolet Corvette Nomad 1954 25 chances de se tornar real

Em 1954, a General Motors vivia seu auge e podia escolher o que venderia a seus consumidores ou não. Um destes produtos, apresentado no Waldorf Astoria Hotel, em Nova York, durante o evento Motorama, foi o Corvette Nomad, uma perua baseada no mito norte-americano dos esportivos. Ela nunca chegou à produção em série (não como apresentada, pelo menos, já que houve uma Nomad, mas baseada no Chevrolet 1955), mas Brad e Donna Peterson, donos da Superior Glass Works, decidiram dar a este grande carro uma chance de viver. Na verdade, darão 25 chances de o carro chegar às ruas, como a Superior 54 Sport Wagon.



Como já dissemos, apenas 25 desses belos carros deixarão a Superior Glass Works, cada um a um custo de US$ 125 mil (pouco menos de R$ 240 mil, ao câmbio de hoje). Mas não se enganem: "A Superior Glass Works não produz carros completos. Eles serão vendidos sem pintura ou interior", disse Brad Peterson ao MotorDicas. Com isso, o carros serão vendidos como "Complete Rolling Packages", ou seja, já com rodas e outros itens, como a carroceria de plástico reforçado com fibra de vidro e madeira balsa, vidros, peças cromadas, acionamento elétrico dos vidros, travas elétricas nas portas, ar-condicionado, chassi feito sob medida (com a ajuda da Art Morrison Enterprises), suspensão completa do Corvette C5 e direção hidráulica.

O carro foi preparado para aceitar qualquer motor da série LS, os que equipam os Corvette, como o fantástico LS9 que equipa o Corvette ZR1. "O motor não vem com o carro, mas pode ser providenciado com um custo adicional", diz Peterson.

O carro que você vê nas imagens é a Superior 54 Sport Wagon que será oficialmente apresentada ao público na edição 2009 do evento "Back to the 50's" da MSRA (Minnesota Street Rod Association), um evento que acontecerá de 19 a 21 de junho deste ano em St. Paul, Minnesota, nos EUA. Segundo Peterson, o carro "estará bem mais completo do que o que você vê nas fotos". Se assim o carro já parece lindo, podemos imaginar o que ele será quando estiver terminado. E nas mãos de quem puder pagar US$ 125 mil.










Fonte: Superior Glass Works via Autoblog.nl

Mitsubishi acompanha a Subaru e apresenta seu veículo elétrico, o i-MiEV

A Subaru anunciou que comecará a vender seu carro elétrico, o Plug-In Stella EV, a clientes a partir de julho deste ano. A Mitsubishi aproveitou o Dia Mundial do Ambiente, na sexta passada, para não ficar para trás, apresentando o seu veículo elétrico de produção em série, o i-MiEV (Mitsubishi innovative Electric Vehicle). A bem da verdade, essa apresentação só será útil para autoridades japonesas e empresas, já que o carro só será entregue a clientes comuns a partir de abril de 2010. Mesmo com isso em mente, pode ser que valha a pena esperar pelo carrinho: ele vai mais longe que o Stella (160 km, contra 90 km do Subaru), é mais espaçoso (2,55 m de entreeixos) e é mais barato (custa 4,38 milhões de ienes, ou cerca de R$ 86 mil, contra 4,725 milhões de ienes pelo Plug-In Stella, cerca de R$ 90 mil). Alguns também dirão que o i-MiEV é bem mais bonito do que o Subaru, e nós seremos obrigados a concordar.



O mesmo subsídio a que os candidatos a donos do Stella fazem jus também será aplicado aos futuros donos do i-MiEV. Em outras palavras, o carro pode custar 1,39 milhão de ienes menos, ou cerca de R$ 27 mil, ao câmbio de hoje. Com isso, o preço final do Mitsubishi pode ficar em R$ 61 mil e uns quebrados. As vendas serão feitas por meio de um leasing de três anos que incluirá seguro e custos de manutenção (bem mais baixos em veículos elétricos).

O i-MiEV é baseado em um dos kei cars à venda no Japão,o Mitsubishi i. Esses carrinhos são urbanos, com motores limitados a 660 cm³. Em outras palavras, são os modelos de entrada naquele país. O caso é que o i tem apenas 3,40 m de comprimento, 1,48 m de largura e 1,60 m de altura, mas um entreeixos fantástico de 2,55 m, 5 cm maior que o do Honda Fit, por exemplo. O modelo original consegue todo este aproveitamento de espaço por conta da posição de seu motor, central traseiro. Era o que a Volkswagen estava planejando fazer com seu substituto para o Fox, o Lupo, conhecido como o conceito up!, mas a marca aparetemente desistiu da ideia por questão de custos. Má escolha, como se vê...

O i-MiEV segue o mesmo arranjo de motor, ou seja, ele vai instalado no mesmo lugar, tracionando as rodas traseiras. Ele também usa um câmbio com uma marcha só, devido ao fantástico torque dos motores elétricos em qualquer condição de giro. O carrinho elétrico é 200 kg mais pesado do que o i normal (1.100 kg, contra 900 kg), o que certamente o fez apresentar um desempenho pior. Falando nele, a Mitsubishi não se refere à velocidade máxima ou à aceleração de 0 a 100 km/h. O motor apresenta basicamente os mesmos números que o Subaru Plug-In Stella EV: 47 kW (64 cv) de 3.000 rpm a 6.000 rpm e 180 Nm de 0 a 2.000 rpm.

O tempo de carga depende da voltagem disponível para isso. Em tomadas de 110V, a recarga completa leva 14 horas. Em tomadas de 220V, a carga completa leva 7 horas, o que permitiria a alguém voltar para casa, plugar o carro e voltar a usá-lo no dia seguinte. De qualquer maneira, a Mitsubishi também oferecerá estações de recarga rápida em todo o Japão, de modo a recuperar até 80% da carga em cerca de 30 minutos.

Dentro do carro, o seletor de marchas tem três posições além das regulares R, N, e P de um câmbio automático normal: D, para dirigir com o máximo de força, sem preocupação com o gasto de energia, Eco, que economiza, e B, que amplia a atuação dos freios regenerativos, recarregando a bateria o máximo possível. Os mostradores apresentam ao motorista todas as informações necessárias para evitar surpresas (como ficar sem pilha antes de chegar em casa): consumo de energia, recuperação de energia, indicador de carga residual na bateria e indicador de autonomia para calcular quanto mais o motorista pode andar considerando o modo como vem guiando nos últimos quilômetros.

A Mitsubishi produzirá o i-MiEV para a Peugeot e para a Citroën. As versões serão os primeiros carros elétricos das montadoras francesas da PSA, assim como o Peugeot 4007 e o Citroën C-Crosse se tornaram os primeiros utilitários das marcas. E eles não são nada mais do que versões com emblemas diferentes do Mitsubishi Outlander. Pena que esse carro não tem a menor chance de chegar ao Brasil, por nenhuma destas empresas.























Fonte: Mitsubishi