Nissan GT-R será maior estrela da marca no Salão do Automóvel

Vejamos se as novatas têm mais alguma lição a ensinar às mais velhas. Estamos nos referindo às montadoras, especialmente à Nissan. A maior atração da empresa, que está cheia de novidades, será um dos carros mais fantásticos do mundo, o GT-R.



Equipado com um motor 3,8-litros biturbo de 480 cv a 6.400 rpm e torque de 588 Nm entre 3.200 rpm e 5.200 rpm, esse monstro japonês de 1.740 kg em ordem de marcha, 4,66 m de comprimento, 1,90 m de largura e 1,37 m de altura tem tração nas quatro rodas, com um inédito transeixo independente. Com um pacote assim, o cx nem precisava ser tão baixo, meros 0,27. Isso permite ao 2+2 da Nissan chegar aos 100 km/h em 3,6 s e a uma máxima de 320 km/h, se não mais.

A lição que a Nissan pode ensinar às empresas mais antigas será dada se a japonesa anunciar a importação oficial do carrão. Diversas outras montadoras nacionais produzem supercarros no exterior, mas nunca os trazem ao mercado brasileiro. Cadê Chevrolet Corvette, por exemplo? E Ford GT? E Alfa 8C Competizione? Enfim, a Nissan tem uma boa chance de começar diferente, até porque ela deve mostrar, também, seu primeiro carro de passeio nacional, a minivan Livina e sua versão de sete lugares, a Grand Livina.



Construídas sobre a plataforma B0, a mesma dos Renault Logan e Sandero, a Livina e a Grand Livina têm, respectivamente, 4,18 m e 4,42 m de comprimento e 383 l e 123 l de porta-malas (com a terceira fileira de bancos recolhida, a Grand Livina chega a 589 l de capacidade). Todo o restante das medidas das duas minivans é compartilhado: 1,69 m de largura, 1,58 m de altura e 2,60 m de entreeixos.

Elas serão equipadas com motores 1,6-litro e 1,8-litro, com câmbio automático ou manual. O motor 1,8-litro está passando por testes para se tornar flexível em combustível e pode ser nacionalizado em breve.

Além da Livina e da Grand Livina, há também uma versão aventureira dos modelos, chamada de X-Gear. Como a Renault do Brasil se prepara para ter sua versão do utilitário do Logan, com a mesma plataforma B0, não seria de estranhar se a Livina também tivesse seu quinhão de “fora-de-estrada”, ainda que mais comedido.



Fonte: Nissan

Bloodhound SSC quer quebrar recorde de velocidade em terra com mais de 1.600 km/h

Andy Green é o atual detentor do recorde mundial de velocidade em terra, com 1.288 km/h. Essa marca foi obtida em 1997, com o Thrust SSC. Se você acha que é muito, espere só pela próxima tentativa de quebra. Segundo Richard Noble e a Curventa, que trabalham no desenvolvimento do Bloodhound SSC, o modelo desafiante, será possível passar dos 1.690 km/h. Nem um avião conseguiu atingir essa marca em baixas altitudes. Para comparar, é uma velocidade cinco vezes maior que a de um F1...



A fórmula para chegar a essa marca é o uso de dois motores ao mesmo tempo. Primeiro, quem empurrará o Bloodhound SSC para a frente será o motor a jato EJ-200. Quando ele estiver com sua carga máxima, entrará em operação um foguete. As forças de aceleração e desaceleração envolvidas são de mais de 3 g. Quem dirigir o bólido deve ter o preparo de um astronauta.

Um dos maiores problemas do Bloodhound SSC será o lugar para a quebra de recorde. Será necessária uma superfície plana de 16 km ininterruptos, sem obstáculos. E as mais conhecidas, os lagos salgados de Bonneville e o deserto de Black Rocket, não servem à tentativa.











Fonte: Curventa

Land Rover LRX faz aparição especial no Salão do Automóvel

Um dos modelos mais comentados dos últimos tempos na Land Rover, o conceito LRX, está de malas prontas para o Salão do Automóvel. Híbrido, ele é apontado como o futuro modelo de entrada da marca, já que é menor do que o Freelander e poderia colocar a Land Rover em uma posição de mercado mais confortável. Além de a marca conseguir volumes mais altos de vendas, também seria vista como menos poluente, algo importante em tempos de preocupação com emissões e falta de petróleo.





Além do futuro, a marca também não se esqueceu de seu passado e, em suas comemorações de 60 anos, trará ao Brasil a série especial SVX, baseada no atual Defender. Com estilo que remete ao Série 1, ela terá apenas 1.800 unidades, das quais 25 serão vendidas a clientes brasileiros. Item de colecionador, certamente. O preço, que deve ser condizente, ainda não foi divulgado, mas deve ficar bem acima dos R$ 144 mil cobrados pelo Defender mais "baratinho".



Fonte: Land Rover

Ford traz Mustang Shelby GT500 KR e Focus ST ao salão

A Ford não guardou nenhum lançamento para o Salão do Automóvel de São Paulo. Ali estarão os dois novos modelos da marca para o mercado brasileiro, o novo Focus e o Edge, e alguns veículos importados que bem poderiam ser vendidos aqui, mas não vão. Um deles é o fantástico Mustang GT500 KR, o King of the Road, com 548 cv de potência máxima.



O modelo 2010 do Mustang já está para chegar, o que torna o GT500 KR um modelo antigo, mas nem por isso menos interessante. O novo Mustang, aliás, poderia ser distribuído oficialmente pela Ford no Brasil, uma vez que a atual geração, uma das mais interessantes da história do carro, não chegou aqui a não ser por importação independente.

Outro que merecia ser considerado pela marca como uma boa opção é o Focus ST, equipado com o mesmo motor 2,5-litros turbinado de cinco cilindros que equipa a linha Volvo.



Aliás, o novo Focus usa a mesma plataforma do C30. Considerando que a nova geração acabou de ser apresentada no Brasil, ter um modelo de desejo na linha, como o ST, poderia atrair a atenção dos compradores para modelos mais acessíveis do Focus. E não seria à toa: o cinco-cilindros do ST tem 225 cv e leva o Focus ST 241 km/h de máxima, com um tempo de 0 a 100 km/h de meros 6,8 s. O que será que a Ford está esperando para importá-lo? Cair para o quinto lugar no ranking das maiores montadoras do Brasil? A falta de agilidade na oferta de novos produtos vem custando caro à marca.

Fonte: Ford

Honda apresenta nova geração do Fit no Salão do Automóvel

Nós já havíamos mostrado fotos de segredo do novo Honda Fit, mas é sempre bom ter a confirmação oficial. Ela, inclusive, nos mostrou que tínhamos apresentado alguns dados errados. Seja como for, eis abaixo o novo modelo. Se for comprar o antigo, peça um bom desconto.



Para começar, o Fit ficou maior. Tem agora 3,90 m de comprimento, contra 3,83 m. O entreeixos foi de 2,45 m para 2,50 m, o que melhorou bastante o espaço interno. Altura e largura também aumentaram, ampliando o conforto. Ficaram, respectivamente, em 1,70 m e 1,54 m. O porta-malas ficou sutilmente maior. De 380 l, deu um passinho para 384 l.

Os motores, 1,3-litro e 1,5-litro, ganharam mais potência. O 1,3-litro, que a Honda, no Brasil, insiste em chamar de 1,4-litro, agora tem quatro válvulas por cilindro e 100 cv (101 cv com álcool). O 1,5-litro, agora flex, passou para 115 cv com o combustível fóssil e 116 cv com o vegetal.

Uma perda do carro foi o fim da transmissão CVT. Apostávamos que o Fit a manteria, mas, aparentemente, problemas no acerto do motor com álcool o tiraram de linha. A bem da verdade, a questão de custo também deve ter pesado. Como o Civic vende bem, e o câmbio automático de cinco marchas dele se casa bem com os motores do Fit, deve ter havido algum ganho de escala (e preço) na mudança.

Oferecido em quatro versões (LX, LXL, EX e EXL), o Fit ainda não teve os preços divulgados, mas eles devem ficar entre R$ 50 mil e R$ 60 mil.















Fonte: Honda

VAZOU! - Veja as primeiras fotos do Chevrolet GPiX, que antecipa projeto Viva

Eis aqui as primeiras imagens do Chevrolet GPiX. Este é o carro-conceito que a GM do Brasil mostrou na comemoração do centenário mundial da empresa como a grande surpresa da marca para o Salão do Automóvel. A surpresa, de todo modo, não fica só na aparência do modelo, mas também no fato de ele antecipar o que será o projeto Viva, apontado como o sucessor do Corsa na América Latina. Além do hatch, haverá também um sedã, uma picape e um crossover pequeno, como o próprio GPiX.



Baseado na quarta geração do Corsa, a que é atualmente vendida na Europa, o Viva deve manter as dimensões do modelo europeu, com 2,51 m de entreeixos e pouco mais de 4 m de comprimento. Os motores, ao menos no Brasil, devem ser o 1,4-litro Econo.Flex e o atual 1,8-litro, que bem poderia ser substituído por algo mais moderno. Teremos mais detalhes sobre o conceito em breve, já na segunda-feira que vem, quando o Salão do Automóvel abrirá suas portas para a imprensa especializada.





Ford T do século XXI, quem diria, tem projeto alemão

Com a crise norte-americana, tanto de capitais quanto de alta nos preços dos combustíveis, os olhos dos fabricantes nativos se voltaram a suas filiais européias, que produzem carros menores, mais eficientes e mais bonitos. Prova de que a salvação das norte-americanas deve estar no Velho Continente é o sintomático resultado de uma competição que a Ford promoveu para escolher o Ford Modelo T do século XXI. O projeto vencedor, vejam vocês, é alemão, do IKA (Instituto de Engenharia Automotiva, em alemão), da Universidade Aachen, na Alemanha.



A equipe, composta por oito estudantes e engenheiros, criou um modelo modular, mais fácil de desenvolver e de gerar variantes, como sedãs, peruas, hatches etc. O modelo apresentado é uma picapezinha para três passageiros, com o motorista no centro do carro. Além da posição de dirigir privilegiada, isso evita as despesas com a troca de mão para o lado direito ou esquerdo do carro. Isso também economiza peso, uma vez que só o banco do motorista dispõe de regulagem.



Essas especificações foram resultado das exigências da Ford, que queria um veículo simples, robusto, leve, econômico e, principalmente, barato. Se fosse fabricado, o Ford T alemão custaria US$ 6.780, abaixo, portanto, do limite que a Ford estabeleceu, de US$ 7.000.

Com motor a gasolina e apenas 800 kg, o novo Ford T também poderia ter propulsão híbrida ou totalmente elétrica. Neste último caso, seu preço dobraria, indo a cerca de US$ 14 mil.

Como concurso nenhum existe à toa, o novo Ford T pode ser o embrião do carro de baixo custo da Ford, uma corrida que começou com a Renault, que criou o Logan, e que culminou no Tata Nano. Como esse deve ser o segmento de mercado de maior crescimento no mundo todo, quem quiser sobreviver tem de oferecer produtos neste nicho e achar um meio de ganhar dinheiro com eles. A receita alemã pode ajudar a Ford nisso.

Fonte: Ford

Réplica do Lamborghini Countach é inteiramente feita em porão

Algumas vezes o mundo automotivo fica meio devagar, mas esse é o ambiente no qual histórias fantásticas costumam surgir. Esta semana andava assim até surgir a história de Ken Imhoff, um cara de Wisconsin, nos EUA, que poderia parecer comum não fossem suas habilidades em mexer com alumínio e soldas TIG. Elas o ajudaram a realizar um sonho nascido em 1981, com o filme "Quem não corre voa" (The Cannonball Run): construir seu próprio Lamborghini Countach. E ele fez isso ao longo destes 17 anos, sem a ajuda de peças prontas ou kits, tão populares nos EUA. Pode parecer que o carro saiu uma porcariazinha, mas olhe a foto abaixo e diga: ficou lindo ou não ficou?



Ok, pode parecer que o carro não é nada mais que um Lamborghini Countach comum (se é que dá para usar o termo "comum" para um Lamborghini, qualquer um deles), mas podemos assegurar que este foi feito no porão de Imhoff. A prova são as fotos abaixo, no local de nascimento do carro. Ou dentro do útero, se você preferir.





Agora, o nascimento em si. Considerando que portas de porão não se dilatam, Imhoff teve de recorrer a uma cesariana: chamou um empreiteiro, cavou o quintal de sua casa, construiu uma rampa e derrubou uma das paredes de seu porão para tirar o Countach de lá. Se você se impressiona com nascimentos, cuidado com as fotos abaixo (note que o pára-brisa foi retirado, para evitar danos no transporte).





Bebê espertinho, até acena...



Não acreditaríamos na história se não tivéssemos falado pessoalmente com Imhoff. Ele realmente gastou uma parte dos últimos 17 anos construindo este carro. "Nunca trabalhei mais de 10 horas por semana nele. Calculo que tenha gastado umas 10.000 horas na construção", disse Imhoff ao MotorDicas. No total, ele acredita ter gastado coisa de US$ 40 mil com o carro (descontando suas horas de trabalho como custo, o que aumentaria o valor do veículo). Ter um Lamborghini por menos de R$ 100 mil, preço de um Honda Civic SI, parece um excelente negócio.

Apesar de não ter conseguido um motor Lamborghini original para seu carro, Imhoff não se descuidou da potência e instalou na réplica um excelente coração. Trata-se de um motor Ford V8 Boss 351, capaz de gerar 520 cv, casado com uma transmissão ZF-25 de cinco marchas, manual. O ronco não é o de um 12-cilindros, mas também é música para quem ama carros fortes.

Para criar a carroceria, Imhoff fez um gabarito de madeira a partir de um Countach original. Todos os painéis foram feitos a partir de placas de alumínio, solda TIG (por dentro e por fora) e as habilidades de Imhoff. Mesmo as portas, a parte mais difícil do trabalho, foram feitas por ele. Fora o motor e a transmissão, Imhoff comprou pouquíssimas coisas. "O pára-brisa, original, veio da África do Sul. Usei só o pára-brisa, as lanternas dianteiras e traseiras, os emblemas e os arcos de roda e aerofólios de fibra de vidro originais. Procurei essas peças por um ano e fiz moldes, caso decida ter peças de reposição", ele disse ao MotorDicas.



Os painéis de carroceria foram criados com esta ferramenta, chamada de roda inglesa.



Como se pode ver, o carro é inteiro de alumínio sobre um chassi tubular desenhado pelo próprio Imhoff. Com tanto cuidado na construção, o peso não podia mesmo ser alto, nem melhor: são 1.225 kg. Com um motor de 520 cv, a relação peso/potência é ótima: meros 2,36 kg/cv. Tomara que Imhoff tenha caprichado na suspensão e nos freios.

O carro foi retirado do porão da casa de Imhoff na semana passada, mas ele ainda não teve o gosto de dar uma voltinha com o Lambo. "Ele saiu do porão meio cedo por causa da Mãe Natureza. Ele ainda não estava 100% formado, foi prematuro. Há um probleminha na embreagem para resolver, o pára-brisa precisa ser instalado etc." Não há nenhum problema legal com o carro, de todo modo. "Aqui no meu Estado não há problemas de licenciamento. Ou eu parto do zero ou uso o número do chassi do carro doador, que, no caso do meu Countach, é o mesmo do carro que doou o motor."

Com tanto trabalho, será que não passa pela cabeça de Imhoff construir mais réplicas e ganhar algum dinheiro com isso? "Não, não mesmo. Um trabalho de amor precisa de compensações". E em vender sua obra-prima, será que Imhoff cogita? "Não, mas estamos falando de uma fábula de grana?", pergunta ele, divertido. É, amor tem preço, sim.

Nós sabemos que este post pode ter ficado um tanto grande, mas, se você gostou tanto da história quanto nós, não há de achar ruim ver tantas imagens dessa obra incrível. A Ken Imhoff deixamos nossos cumprimentos. Quem de nós, apaixonados por carros, nunca pensou em criar um veículo com as próprias mãos? Imhoff pensou e conseguiu.



















Fonte: GlobalMotors.net

VW Tiguan, em testes no Brasil, será mostrado no salão

Enquanto a Fiat prepara um carro-conceito para atrair público a seu estande no Salão do Automóvel de São Paulo, a Volkswagen terá um elemento mais palpável para atrair a atenção. Ali deve ser o primeiro lugar onde a marca mostrará o Tiguan, utilitário esportivo médio que será vendido em breve no Brasil. O que podemos dizer, com certeza, é que ele já está em testes no Brasil (aliás, se alguém conseguir fotografá-lo por aí, agradeceremos as fotos!).



Com 4,40 m de comprimento, 1,85 m de largura e 1,69 m de altura, o Tiguan é mais compacto que seus concorrentes diretos. Ele é 20 cm menor que um Toyota RAV4, 10 cm menor que um Land Rover Freelander e 12 cm menor que um Honda CR-V.

Com opções de motorização a gasolina e a diesel na Europa, ele só deve ser vendido por aqui com motor a gasolina de injeção direta de combustível, a não ser que VW consiga usar com ele o mesmo argumento que a Mercedes-Benz usou para vender o ML a diesel no Brasil. Entre os motores a gasolina, as potências variam de 150 cv a 200 cv (por aqui, apostamos no topo de linha). Entre os a diesel, a potência vai de 140 cv a 170 cv.

Resta agora saber quanto a VW vai cobrar por ele e a data de chegada. Vai que ela quer "testar a receptividade do público", como a GM diz que quer fazer com Malibu e Traverse?









Fonte: VW