BYD apresenta o primeiro híbrido plug-in de série do mundo

A BYD era uma grande fabricante de baterias de celular de óxido ferroso até se decidir a comprar uma montadora de carros e passar, ela mesma, a ser uma fabricante de automóveis. Os resultados, como parecia óbvio, seriam a aplicação das tecnologias que ela já detinha a automóveis, algo que culminou com o anúncio das vendas do primeiro híbrido carregável na tomada, ou plug-in, do mundo. Eis aí o BYD F3DM.



DM vem de dual mode, ou dois-modos, um sistema de propulsão híbrida que, no F3DM, rende três modos de funcionamento, por mais estranho que isso possa parecer: motor elétrico empurrando o carro sozinho, motor elétrico e a gasolina atuando no sistema de tração e motor elétrico fazendo a movimentação enquanto o a combustão carrega as baterias que o alimentam.

Quando usa só a carga (plena) de suas baterias, instaladas no assoalho do carro, o F3DM pode percorrer até 100 km. O tempo de recarga pode levar apenas 10 minutos em sistemas especiais de recarga, mas, em tomadas comuns, leva de 8 a 9 horas. Por mais que demore, o custo de recarregar as baterias é muito mais baixo que o de abastecer o tanque.

Com 102 cv e 400 Nm de torque, o motor elétrico garante um desempenho vigoroso ao sedã, que tem porte e aparência muito próximos dos de um Toyota Corolla. Apesar de a velocidade máxima ser limitada a 150 km/h, para preservar a carga das baterias, o F3DM acelera de 0 a 100 km/h em 10,5 s, um tempo excelente para um veículo de 1.560 kg, 4,53 m de comprimento, 1,71 de largura e 1,52 m de altura.

O motor a gasolina, pequeno, se justifica mais como gerador de energia elétrica, mesmo, ainda que ele também possa atuar na tração. Com ciclo Atkinson, que tem curso de expansão maior que o de compressão, o que eleva o aproveitamento da queima do combustível, o BYD371QA é um 1-litro de três cilindros feito de alumínio que gera 68 cv e 90 Nm entre 4.000 rpm e 4.500 rpm.

As vendas já começaram na China, por 150 mil iuan. Convertido em reais, esse valor equivale a R$ 52 mil, bem menos do que se costuma pagar no Brasil por um sedã médio. Com uma economia dessas, haveria quem topasse pagar o dobro deste valor para poder rodar com ele por aqui. Como a pretensão da BYD é produzir 200 mil unidades por ano do híbrido, alguns deles podem acabar vindo parar por aqui.






Fonte: BYD