Você já viu veícullos elétricos. Também já viu veículos que usam LEDs nos faróis. Mas você com certeza nunca viu um veículo de "código aberto", como alguns programas de computador. Isso é o que a EDAG vai propor com o Light Car - Open Source na próxima edição do Salão de Genebra. Tanto a consumidores quanto a montadoras.
Para os consumidores, o tal "código aberto" significará a possibilidade de configurar o carro como a área de trabalho de um computador. O Light Car apresenta uma tecnologia chamada (O)LED), ou diodos orgânicos emissores de luz. Ela permite ao motorista modificar completamente a aparência das luzes externas do carro. Você gosta de carros que parecem estar sorrindo? Ou prefere um estilo mais agressivo? É só uma questão de ajustar a aparência que lhe parecer mais agradável.
A carroceria inteira do Light Car é feita de vidro ou Makrolon, um material plástico que é transparente e resistente ao mesmo tempo. Foi ele que o pessoal da Rinspeed usou no eXasis, o esportivo transparente. Quando está desligado, o carro-conceito é inteiramente negro. Quando é ligado, os (O)LEDs sob a carroceria brilham da maneira que o motorista escolheu e a mágica acontece.
Estética não é a única função dos (O)LEDs. Eles também podem prevenir acidentes ao comunicar aos motoristas dos carros ao redor sobre, por exemplo, o quanto o motorista do Light Car teve de pisar forte no pedal do freio.
Isso não acontece apenas fora do carro. Todos os instrumentos também podem ser configurados para o gosto do motorista. Não importa o que ele queira mudar. Os (O)LEDs permitem alterar os instrumentos em tamanho, posição e estilo.
Para os fabricantes de automóveis, "código aberto" significa que as tecnologias que a EDAG mostrou com o Light Car estão disponíveis para quem quer que queira usá-las. E a EDAG não se refere apenas aos (O)LEDs ou ao Makrolon na carroceria, mas também às fibras basálticas ASA.TEC. Com o mesmo tipo de aplicação das fibras de carbono, elas são mais leves, mais baratas, mais abundantes e totalmente recicláveis.
Apesar de parecer pequeno, o Light Car tem 4 m de comprimento, mas o mais surpreendente é seu entreeixos, de 2,90 m. Isso se explica pelo fato de não haver um motor único, mas sim quatro, um em cada roda. Eles controlam não apenas a tração, mas também frenagem, suspensão e esterçamento. As baterias de íons de lítio dão ao carro uma autonomia de 150 km. Sua estrutura, modular, permite usar diversos tipos de carroceria.
Considerando que a maioria dos motoristas adoraria um carro de "código aberto" como esse, é só questão de convencer as montadoras de que um veículo assim seria um sucesso de vendas. Ou a EDAG a começar a se arriscar na fabricação de automóveis mais do que só em sua engenharia. Vai que ela tem sucesso?
Fonte: EDAG via CarScoop