Pra começar, e antes de receber qualquer consulta sobre a compra do carro, vale fazer um apanhado de dicas importantes para começar a pensar no assunto:
1 - Por quanto tempo você vai ficar com o carro? Se pretende ficar com ele por no máximo um ano, não compre um novo, mas sim um seminovo, com até um ano de uso, ou um usadinho em bom estado. Isso porque, só de tirar o carro da concessionária, ele já perde de 15% a 20% do valor. Vender um carro com menos de um ano de uso é prejuízo na certa, uma vez que sai mais barato e vantajoso comprar um novo direto na concessionária. Os valores são muito próximos e, na revenda, há maiores facilidades de crédito. Essa história de trocar de carro novo todo ano só é boa para o dono da revenda ou para quem gosta de rasgar dinheiro.
2 - Se quer um carro bem equipado, não apele para os opcionais. Escolha um modelo que já traga, de série, todos os itens que você quer ter, como direção hidráulica, ar-condicionado, vidros e travas elétricas etc. Quando você compra um carro, o valor de tabela dele é formado com base no que ele oferece de série. Tudo que você gastar a mais só vai servir para vender o carro mais facilmente. É por isso que um carro básico completinho sempre vai custar bem menos do que uma versão mais sofisticada, do mesmo ano/modelo, que já traga todos os itens. A venda de opcionais ou acessórios também só beneficia a concessionária.
3 - Se você for ficar muito tempo com o carro, pode se dar ao luxo de comprar o modelo que quiser, ainda que a revenda dele não seja tão fácil. É para o seu gosto. Se tiver de vendê-lo rápido, é melhor escolher um modelo mais aceito pelo mercado.
4 - Pense bem em suas razões para comprar um automóvel. Quantas pessoas vai ter de carregar todos os dias? Vai precisar de muito ou de pouco espaço pra bagagem? Vai transportar crianças pequenas? Precisa de um modelo econômico ou pode se dar ao luxo de gastar com combustível? E seguro, o valor importa? Quantos quilômetros vai rodar por dia? O carro vai ficar na rua ou você tem onde guardá-lo, seja em casa ou no trabalho? Tem espaço na garagem para um carro grande ou só para um miudinho? Pode se dar ao luxo de ficar sem carro em algumas situações ou ele, como único carro da família, tem de aguentar o tranco e, se tiver algum problema, tem de ser consertado rapidamente? Deixar de pensar em qualquer um destes aspectos pode causar arrependimentos posteriores.
Por ora, esses são os conselhos que me ocorrem. Tomara que o ajudem de alguma forma.
Um abraço,
Gustavo