A Volkswagen criou na Europa os modelos BlueMotion. Com a crescente preocupação com os preços do petróleo e com as emissões de poluentes, essa foi resposta da empresa, fortemente apoiada nos motores a diesel. Aliás, exclusivamente apoiada neles. A questão é que ela resolveu trazer o conceito ao Brasil, país onde os motores a diesel são proibidos para veículos de passeio. A saída ainda é um pouco nebulosa, mas aparentemente a marca acredita que motores flexíveis em combustível são suficientes para representar a idéia. Não é bem assim, já que um motor flexível pode usar gasolina. Ainda que usasse exclusivamente álcool, o benefício ao ambiente se daria apenas quanto às emissões de gás carbônico.
O que o etanol permite é manter os níveis de CO2 na atmosfera constantes, uma vez que ele é produzido com plantas que retirarm da atmosfera este gás. No caso de gasolina, diesel e todos os derivados de petróleo, a atmosfera volta a receber um gás que estava represado no fundo da terra há milhões de anos. Fora isso, o álcool tem menos poder calorífico que a gasolina (só 70% da energia do combustível fóssil), o que impõe uma autonomia menor a um veículo a álcool com um tanque do mesmo tamanho de um equivalente a gasolina.
O primeiro BlueMotion a ser vendido no Brasil será um Polo, até o final deste ano, mas as fotos do Gol (acima) e do Fox (abaixo) mostram que há planos também para estes dois modelos, todos eles construídos sobre a mesma plataforma, a PQ24. Além da base, eles também dividirão as soluções que a Volkswagen acredita que os tornará mais econômicos, como pneus de baixa resistência ao atrito (será que freiam bem?) e grade dianteira com menos aletas e altura menor, para melhorar a aerodinâmica.
Melhor seria se o motor 1,6-litro VHT adotasse turbo e injeção direta de combustível, um investimento que pode ser caro, mas que daria aos modelos um argumento mais sólido de redução de poluentes e eficiência energética. Vejamos como fica daqui para a frente.
The first BlueMotion to be sold in Brazil will be a Polo, but up you see a Gol Bluemotion and below also a Fox BlueMotion, what indicates these two cars will also reach production under the BlueMotion label. What they have in common with their European diesel cousins are some improvements in aerodynamics, such as an almost closed front grille, lower height and low-resistance-to-friction tyres.
What would really help these cars be more efficient would be the use of direct injection systems, as well as downsized engines, such as the 1.4 TSI, but most Volkswagen cars in Brazil are TotalFlex, or else, they work both with petrol or ethanol in any proportion. Costs to make a flexible direct injection engine must be high, but they would pay in a long term, since this technology could also be applied to cars sold all over the world. Brazilian BlueMotion cars may only seem as a marketing move, but we hope this is the first step of something bigger. Let's see how things go from this point on.
Fonte: VW e MotorDicas