O Volt conhece seus primos, Opel Ampera e Holden Volt

Vocês, leitores do MotorDicas, já sabem que o Chevrolet Volt é uma das maiores apostas da história da GM. E a aposta é tão alta que a GM acaba de revelar que se trata de uma aposta global, já que o Volt provavelmente chegará ao mercado com todos os seus primos-irmãos, o Opel Ampera e o Holden Volt. Até agora.






Todas estas apresentações recentes revelam a estratégia da GM para o trem de força Voltec, elétrico de autonomia estendida: escala. Altíssima escala de produção no menor período de tempo possível, para tornar as peças e baterias tão baratas quanto possível. Especialmente depois de um estudo idiota dizer que carros elétricos de autonomia estendida não são economicamente viáveis, como se toda tecnologia, em seu início, não fosse considerada inviável. A gasolina um dia foi, além de perigosa.

Tanto o Ampera quanto o Volt australiano seguirão os passos do Chevrolet, ou seja, serão capazes de rodar os 60 km iniciais apenas com a carga de suas baterias de íons de lítio. Essa quilometragem é suficiente, segundo a GM, para que 78% dos motoristas norte-americanos não gastem uma gota sequer de combustível em seus deslocamentos diários. O mesmo serve para os australianos e europeus.

Se a carga das baterias cair muito, um motor turbo e flexível em combustível de 1,4 litro, pertencente à Família 0 e usado em modelos europeus da GM, funcionará como um gerador de energia elétrica. Com ele, o Volt consegue ampliar sua autonomia para 1.030 km. A máxima é limitada a 161 km/h, para preservar as baterias de íons de lítio, mas poderia ser mais alta, considerando o motor elétrico de 150 cv e incríveis 370 Nm de torque.

Com esse sistema, levando em conta a distância média percorrida pelos motoristas norte-americanos por ano, de 22 mil km, o Volt consegue poupar 1.900 litros de gasolina. Tanto ele quanto seus primos, diga-se de passagem.

A produção do Volt começa só em 2010, talvez até no primeiro trimestre de 2011, mas já sabemos o que esperar: um notchback (carroceria de "dois volumes e meio", ou seja, com formato de sedã, mas com tampa traseira) com quatro lugares, 301 l de porta-malas, 4,40 m de comprimento, 1,80 m de largura, 1,43 de altura e um entreeixos de 2,69 m. Tomara que, dentro dessa estratégia global, o Brasil esteja incluído, mas o mais provável é que nosso mercado, meio blindado à crise mundial, também esteja protegido contra as novas tecnologias...


















Fonte: GM