Jeep apresenta o modelo 2011 do Grand Cherokee no Salão de Nova York

É bem incomum um carro ser apresentado em um modelo dois anos adiante do ano de apresentação. Na verdade, antes do Jeep Grand Cherokee 2011, nós nunca havíamos visto. Ele foi apresentado no Salão de Nova York deste ano, aparentemente dois anos adiantado, mas há uma boa razão para isso.



A Chrysler está enfrentando tempos difíceis e precisa de todo o apoio que puder conquistar de consumidores e do governo. Especialmente do governo, de quem a Chrysler espera empréstimos a juros baixos para continuar operando. Para isso, tem de provar que ainda é capaz de desenvolver e vender produtos competitivos e atraentes, mesmo que há uma distância grande de começar a vendê-los efetivamente. É o caso do Grand Cherokee, que só deve chegar ao mercado em 2010. Se os consumidores se mostrarem receptivos ao utilitário, a empresa pode voltar a vendê-lo bem como antes e terá um caminho de volta à rentabilidade.

Méritos para isso o utilitário tem. Para começar, ele é inteiramente diferente do modelo atual. Tem 4,82 de comprimento, 1,94 m de largura, 1,76 m de altura e um entreeixos de 2,92 m. Terá cinco lugares, ainda que exista a chance de uma versão para sete passageiros ser apresentada no futuro. O porta-malas leva 1.030 l.

Ao contrário do que vem sendo dito, sua plataforma não é a mesma do Mercedes-Benz ML. Será, isso sim, a plataforma que a nova geração do ML usará. Moderna e mais rígida do que a usada pelo BMW X5, considerado uma referência nesse segmento, ela torna a carroceria 146% mais firme do que a do modelo atual. Esta melhoria impressionante se deu por meio de 5.400 pontos de solda adicionais.

Haverá duas opções de motores nos EUA: o já conhecido 5,7-litros V8 Hemi e o novíssimo 3,6-litros V6 Pentastar, ou Phoenix, motor que é considerado, nos EUA, muito mais eficiente que os atuais V6 da marca. Ele desenvolve 212 cv a 6.400 rpm e 353 Nm a 4.800 rpm. Isso com gasolina, já que ele é flexível em combustível e também pode usar E85, álcool com 15% de gasolina para partidas mais fáceis em tempo frio. A Chrysler não divulga a potência com etanol, mas, a considerar a taxa de compressão, de apenas 10,2:1, será surpresa se a potência se igualar à da gasolina. Aqui no Brasil, um bom motor flex não usa menos de 15:1.

Além da aparência aperfeiçoada e do espaço mais amplo, o Grand Cherokee também vem repleto de itens de luxo, como bancos elétricos para motorista e passageiro, direção eletricamente ajustável em altura e distância, com memória, entrada e partida do carro sem chave, todos os bancos e o volante aquecidos e os dianteiros ventilados, câmera traseira para manobras e madeira e couro no acabamento. Só para a segurança há 45 equipamentos.

Por fim, como todo Jeep deve ser capaz de cruzar a trilha Rubicon, o novo Grand Cherokee usa suspensão pneumática, chamada Quadra Lift, capaz de ajustar automaticamente sua altura às mais diferentes condições. Há cinco opções: Auto, que ajusta sozinha a suspensão, automaticamente, Sand/Mud, para areia e lama, Sport, para asfalto, Snow, para neve, e Rock, para terrenos pedregosos. De todo os terrenos que terá de enfrentar, o mais difícil será o financeiro. Boa sorte ao utilitário. Ele vai precisar de toda com que puder contar.
















Fonte: Chrysler