
A Chrysler está enfrentando tempos difíceis e precisa de todo o apoio que puder conquistar de consumidores e do governo. Especialmente do governo, de quem a Chrysler espera empréstimos a juros baixos para continuar operando. Para isso, tem de provar que ainda é capaz de desenvolver e vender produtos competitivos e atraentes, mesmo que há uma distância grande de começar a vendê-los efetivamente. É o caso do Grand Cherokee, que só deve chegar ao mercado em 2010. Se os consumidores se mostrarem receptivos ao utilitário, a empresa pode voltar a vendê-lo bem como antes e terá um caminho de volta à rentabilidade.
Méritos para isso o utilitário tem. Para começar, ele é inteiramente diferente do modelo atual. Tem 4,82 de comprimento, 1,94 m de largura, 1,76 m de altura e um entreeixos de 2,92 m. Terá cinco lugares, ainda que exista a chance de uma versão para sete passageiros ser apresentada no futuro. O porta-malas leva 1.030 l.
Ao contrário do que vem sendo dito, sua plataforma não é a mesma do Mercedes-Benz ML. Será, isso sim, a plataforma que a nova geração do ML usará. Moderna e mais rígida do que a usada pelo BMW X5, considerado uma referência nesse segmento, ela torna a carroceria 146% mais firme do que a do modelo atual. Esta melhoria impressionante se deu por meio de 5.400 pontos de solda adicionais.
Haverá duas opções de motores nos EUA: o já conhecido 5,7-litros V8 Hemi e o novíssimo 3,6-litros V6 Pentastar, ou Phoenix, motor que é considerado, nos EUA, muito mais eficiente que os atuais V6 da marca. Ele desenvolve 212 cv a 6.400 rpm e 353 Nm a 4.800 rpm. Isso com gasolina, já que ele é flexível em combustível e também pode usar E85, álcool com 15% de gasolina para partidas mais fáceis em tempo frio. A Chrysler não divulga a potência com etanol, mas, a considerar a taxa de compressão, de apenas 10,2:1, será surpresa se a potência se igualar à da gasolina. Aqui no Brasil, um bom motor flex não usa menos de 15:1.
Além da aparência aperfeiçoada e do espaço mais amplo, o Grand Cherokee também vem repleto de itens de luxo, como bancos elétricos para motorista e passageiro, direção eletricamente ajustável em altura e distância, com memória, entrada e partida do carro sem chave, todos os bancos e o volante aquecidos e os dianteiros ventilados, câmera traseira para manobras e madeira e couro no acabamento. Só para a segurança há 45 equipamentos.
Por fim, como todo Jeep deve ser capaz de cruzar a trilha Rubicon, o novo Grand Cherokee usa suspensão pneumática, chamada Quadra Lift, capaz de ajustar automaticamente sua altura às mais diferentes condições. Há cinco opções: Auto, que ajusta sozinha a suspensão, automaticamente, Sand/Mud, para areia e lama, Sport, para asfalto, Snow, para neve, e Rock, para terrenos pedregosos. De todo os terrenos que terá de enfrentar, o mais difícil será o financeiro. Boa sorte ao utilitário. Ele vai precisar de toda com que puder contar.














Fonte: Chrysler