Renault propõe conceito híbrido movido a diesel, o Ondelios

A Citroën recentemente anunciou um novo carro-conceito para o Salão de Paris. Ao contrário do que se esperava, não foi nada que honrasse o passado da marca (neste ano, comemora-se 60 anos do 2CV e a Citroën bem poderia recriar seu modelo mais famoso). O que veio foi uma mistureba de tendências automotivas chamado de Hypnos, um crossover híbrido, ou seja, movido a eletricidade e a combustível. No caso da Citroën, o motor é a diesel, o que faz sentido, considerando que o objetivo dos híbridos é economizar petróleo. Quem pensa a mesma coisa é a Renault, que também apresentará em Paris um crossover híbrido movido a diesel, o Ondelios. A vantagem deste modelo é que ele é bem mais conceitual que o conceito da Citroën, que deve dar origem ao SUV do C5.



Ainda que seja bem modernoso, o Ondelios pode, sim, chegar à linha de produção. Quando foi apresentado, o Vel Satis também era um monovolume considerado exótico demais para ir para o mercado. Foi e acabou não dando muito certo, mas a Renault pode não ter aprendido a lição, ainda que o Mégane III mostre que não é bem assim. Seja como for, o fato é que a Renault está sem um modelo topo de linha há algum tempo, desde que o Vel Satis saiu de linha. E o Ondelios se encaixaria exatamente aí.

O conceito é um monovolume grande (4,81 m de comprimento, 2 m de largura e 1,61 m de altura, com um entreeixos de 2,90 m), mas também consegue ser muito aerodinâmico e eficiente. Seu coeficiente de penetração aerodinâmica é de meros 0,29, melhor que o de muitos modelos menores. E isso com capacidade para seis pessoas em seu interior. Para cada passageiro há uma tela de cristal líquido. Os comandos do rádio são projetados no console central, permitindo um controle "interativo".

Com seu sistema híbrido com um motor 2-litros a diesel e dois motores elétricos, um em cada eixo, o Ondelios emite apenas 120 g/km de CO2. Como o motor traseiro atua em caso de falta de aderência, a tração do conceito também pode ser chamada de integral, ainda que apenas em determinadas situações.

Ainda que não seja produzido em sério, o Ondelios tem pelo menos um equipamento que chegará às linhas de produção: um câmbio manual automatizado de dupla embreagem, transmissão que, popularizada, tende a eliminar todas as outras.

















Fonte: Renault